16/07/2016
Emancipação do Triângulo Mineiro ganha força com resultado da Brexit
O deputado estadual Tony Carlos já defendeu a emancipação do Triângulo Mineiro durante mandato na ALMG
Matéria publicada ontem, no jornal “O Tempo”, de Belo horizonte, afirma que “Esperança de separatista renasce no país após Brexit”, porque os movimentos de diversas partes do país analisam o resultado do estrangeiro como uma inspiração para a “luta” interna. Ou seja, a ideia de Minas Gerais ser dividida por regiões, com o Norte e o Triângulo, sendo ambos estados independentes, assim como São Paulo e a região sul do país independente do Brasil, voltou a tona após o Reino da União Européia conseguir uma coisa que todos avaliavam como “impossível”. A emancipação de parte de Minas Gerais, onde está o Triângulo, chegou ao congresso com um projeto de decreto legislativo que pedia a convocação de um plebiscito em 2006, mas depois foi arquivado.
Em abril desse ano, o deputado estadual que representa Uberaba e região, Tony Carlos, voltou a defender novamente a emancipação do Triângulo, dizendo que o “povo do Triângulo, que sempre quis transformar a região em estado, tinha voltado a sonhar com essa possibilidade.” No final de 1980, participou de um grupo liderado pelo saudoso empresário Ney Martin Junqueira, que era dono da TV Uberaba – então repetidora da TV Manchete – que tentava separar o Triângulo de Minas Gerais. “Então, jovem, na faixa dos 35 anos, eu era um dos representantes em Patrocínio do movimento separatista. Agora, um pouco mais maduro e com experiência política que adquiri na vida, continuo acreditando que seria uma boa oportunidade para melhorar o desenvolvimento no Triângulo”, observa.
Essa discussão começou em 1987, pelo deputado de Uberlândia Chico Humberto, que fez sua campanha que tinha como slogan “Minas no Congresso”. Esses movimentos foram liderados por ele e por Ney Junqueira, em Uberaba. Foi um movimento que tinha um projeto que dividia o Triângulo em nove sub-regiões, mas não deu certo, porque foi impedido pelo governador de Minas, Newton Cardoso, naquela época. Além de ter faltado ainda idealismo para os deputados da nossa região, que tinha outros interesses. Segundo o projeto antigo, Nova Ponte seria a capital do Estado, por ser uma cidade pequena, onde há um rio que imita Brasília, e por ficar no centro do Triângulo. Uberaba, Uberlândia, Patrocínio, Patos de Minas, Araxá, Araguari, Ituiutaba e Paracatu seriam as cidades mais importantes, mais desenvolvidas do Estado.
Detalhes – O Triângulo, com 66 municípios, é uma proposta para a nova unidade federativa do Brasil. Seria fruto do desmembramento da parte oeste de Minas Gerais e foi batizado como nome de mesorregião do Triângulo Mineiro. Criado, o novo estado teria uma área de 90,54 km² e em seu território moraria 11% da população mineira. Essa região conta com três universidades federais estabelecidas: UFU (Uberlândia), UFTM (Uberaba) e UFV (Viçosa), além das particulares. A região proposta seria considerada com um dos melhores índices sociais. O Triângulo seria um dos estados mais rico do país, em proporção, com um PIB (Produto Interno Bruto) que corresponde a aproximadamente 17% do PIB de todo o Estado de Minas. Se analisarmos que tramitam no Congresso 92 projetos de decretos legislativos sobre o mesmo assunto, que precisam de plebiscitos, o Brasil pode ter 37 estados e quatro territórios da União. (LR)