29/08/2020
Viagem para Etiópia- Uma viagem pela história da humanidade..
Quando der... E será muito em breve .... Viaje conosco, enquanto isso deixe o mundo entrar na sua casa.
OMO VALLEY - Etiópia.
O Baixo Vale do Omo é uma área de uma beleza espetacular com diversos ecossistemas, incluindo pastagens, afloramentos vulcânicos, e uma das poucas matas fluviais prístinas remanescentes na região semi-árida da África que suporta uma grande variedade de vida selvagem.
A Etiópia preserva tribos praticamente intocadas pela passagem dos séculos.
O povo Mursi é um grupo étnico exemplo de de cerca de 10 mil indivíduos que habitam o sudoeste da Etiópia. Rodeada por montanhas entres os rios Omo o lar dos Mursi é uma das regiões mais isoladas do país.
As pinturas diferenciam clãs e famílias. As tintas são feitas a partir de elementos naturais como urucum, jenipapo e açafrão.
Esses povos carregam no rosto a identidade. A pintura corporal tem tanto sentido para os indígenas, que expressa o que o indivíduo representa no grupo e até o estado civil.
Os Mursi fazem uso da pintura corporal por várias razões diferentes, pintando por vezes todo o corpo e por vezes apenas o rosto ou os braços.
Dominam a técnica de criar acessórios utilizando apenas elementos naturais, como folhas, flores e galhos.
Produzem e utilizam adornos feitos de ossos, colares, pulseiras e praticam o piercing em várias regiões do corpo, notadamente nos lábios.
Os Mursi possuem traços culturais bastante similares. Por viverem em terras remotas e quase inexploradas, sempre tiveram pouco contato com outras culturas, preservando sua tradição.
Eles tem uma maneira única de expressar seu senso artístico, usando seus corpos como tela e criando composições com componentes da natureza. Os desenhos constituem um símbolo de nobreza e frequentemente imitam os desenhos das peles dos animais que observam no seu território. As mulheres enfeitam a cara com o uso do prato labial, que pode ser feito de madeira ou de barro. Esta tradição, era obrigatória para as mulheres, hoje em dia é opcional, embora as mulheres que não usem o prato, tenham maior dificuldade em se casar e suas famílias não as aceitarão facilmente e seu dote é menor. O tamanho do prato indica o dote que o noivo terá de pagar à família da noiva. No entanto, as que usam o prato labial, quando vão aos mercados das povoações vizinhas, são insultadas .Enfeitam os pratos com os mesmos desenhos que usam nas escarif**ações da pele das suas vacas e do seu corpo. O uso ou não do prato labial, constitui assim uma difícil decisão que as jovens devem tomar, sendo que o dia em que se lhes pratica a incisão no lábio, é um dos dias mais importantes da sua vida.
O alimento preferido dos Mursi é o sangue que extraem das vacas sem as matarem e o mel. Para conseguirem o mel, os Mursi espalham colmeias por todo o território.
Eles também cultivam sorgo, milho e feijão nas planícies de inundação. Alguns grupos, em particular os Kwegu, caçam e pescam.
Bovinos, cabras e ovelhas são vitais para a subsistência da maioria dos grupos, produzindo sangue, carne, leite e peles. O gado é altamente valorizado e utilizado no ‘pagamento’ de noivas.
Nos vemos no próximo “ post” com mais curiosidades..