17/04/2018
Conheça um pouco sobre a Fazenda N.S. da Conceição em Jundiaí, nosso próximo passeio em 6 de maio
A Fazenda Nossa Senhora da Conceição iniciou suas atividades em 1810 com o cultivo de cana-de-açúcar, a qual perdurou até 1850. A partir de então, iniciou-se o cultivo de café na propriedade, que passou a contar com 108 escravos para serem utilizados como mão de obra, em uma área de 3 mil alqueires, onde eram cultivados cerca de 350 mil pés de café. A Fazenda pertenceu à Francisco José da Conceição, o Barão de Serra Negra, que era dono de várias fazendas na Província de São Paulo. No período áureo da cafeicultura, o Barão de Serra Negra, devido sua notoriedade política e econômica, recebia em suas propriedades pessoas ilustres como, por exemplo, a do Imperador D. Pedro II e sua esposa, a Imperatriz Dona Thereza Christina. Conde D´Eu, sendo que na Fazenda Nossa Senhora da Conceição, tivemos a importante visita da Princesa Isabel (filha do imperador), entre outras personalidades. Em 1882 chegaram alguns pioneiros imigrantes italianos na fazenda, os quais passaram a trabalhar no cultivo do café juntamente com escravos. Os imigrantes passaram a morar nas colônias, existentes na fazenda e motivados pelo clima da região, implantaram na propriedade o cultivo da uva, criando um novo ciclo na história da fazenda. Após a queda do valor do café na bolsa de Nova York, ouve a crise do café, afetando drasticamente a economia do Brasil, levando à falência de diversos produtores e demais pessoas ligadas ao mercado cafeeiro. Para restabelecer a economia e manter ativa a Fazenda Nossa Senhora da Conceição, a nora do barão _ Angelina Conceição, aproveitando a experiência adquirida com os imigrante italianos, determinou que fosse substituída a produção do café pela produção de uvas e vinhos de mesa, tornando a propriedade em uma das maiores produtoras de uva e vinho no Estado. Com essa nova atividade econômica, a fazenda superou a crise e mais tarde introduziu novamente a cultura do café juntamente com outros produtos, garantindo a existência da propriedade até os dias de hoje. Atualmente, a Fazenda ainda pertence aos descentes do Barão da Serra Negra e dedicasse ao turismo rural e cultural, resgatando a rica e valorosa História do ciclo do café, da imigração e da escravidão que são contadas através de construções preservadas e de um acervo repleto de documentos e fotos de época.