18/09/2017
E aí? Anda soltando alguma bolha de sabão?
Veja a vida como aquela brincadeira da bolha de sabão, e talvez as coisas façam mais sentido. Você lembra como era a sensação? Aquela coisa mágica se formava de água com sabão, movimento, e um pouco de vento pra ajudar. E de repente você f**ava encantado, hipnotizado, e tudo que conseguia fazer era correr atrás até alcançá-la. Quando finalmente chegava lá, ela sumia nos seus dedos. Estourava. E aquele segundo de tristeza e frustração dominava. Até ver a próxima bolha surgindo e começar tudo de novo. Por tardes inteiras.
Oras, se não estamos falando justamente de viver?! A vida é um apanhado de sonhos que surgem de repente, e nos deixam levitando, apaixonados, embasbacados. E aí podemos fazer deles o mesmo que faríamos com as bolhas de sabão. Podemos f**ar parados e vê-los irem embora até nunca mais, ou podemos juntar ingredientes que temos, dar os primeiros passos e seguir atrás deles.
Note. Nenhuma bolha de sabão se forma e nem se alcança sem que haja movimento. O mesmo para os sonhos. Se existe algum, é preciso correr atrás mesmo. Com a ingenuidade, a vontade, o desejo real e puro que as crianças têm com a bolha de sabão. Tão forte, que conseguem praticamente sempre alcançar, nem que pra isso tenham que pular, correr, até gritar e tentar que a própria voz chegue lá. Mas sempre chega.
Por que eu deveria correr atrás de algo que vai se desfazer nas minhas mãos? Eu entendo se você se perguntar isso. Muitas vezes, o sonho é tão lindo e intenso, que se tornando real, parece que foi tão simples... Que não teve graça, que não valeu à pena. Ou pior ainda: era tão detalhado que nunca foi realizado e às vezes, ali, tão perto, se desfaz e vai pra longe. Realmente queremos correr atrás disso?
Pois eu voto que sim. Voto que sim, porque enquanto a criança corre atrás da bolha de sabão, ela anda. Ela sai do lugar em que estava e se depara depois com novos cenários. Novas plantinhas ao redor, novas paisagens, novas pessoas passando por elas. Elas vêem novas luzes do céu, outras nuvens, outros ventos. E o mesmo com a gente.
Cada vez que vamos atrás de um sonho, damos movimento suficiente pra surgirem outro, e outro e outro. Damos razão a nós mesmos pra continuar. Até que em algum momento, após muita tentativa, prática, e persistência, conseguimos tocar na bolha de sabão e mantê-la ali, pairando sobre as nossas mãos por uns segundos. Às vezes, dá tempo até de uma foto. E lá ela se vai. Seja levada pelo vento ou soprada por nós mesmos, pra que a brincadeira recomece.
O ponto aqui é que não importa tanto quantas bolhas você vai alcançar. A beleza é simplesmente correr atrás delas... Ver o sol passando por cada uma, ver o reflexo das coisas, ver o arco-íris dentro de algo quase imaterial. A beleza é ver que ingredientes simples, que já temos conosco, podem fazer mágica. E que o grande segredo pra isso é nunca parar de se movimentar. Nem pra formar as bolhas, e nem pra correr atrás delas.
No fim do dia, tenhamos conseguido segurar a bolha com as mãos, ou tenhamos perdido todas elas pro universo, a verdade é que a história que f**a é a diversão, a aventura, a plenitude de ter feito elas surgirem e corrido atrás delas. A beleza é tentar.
E você? Ainda lembra como é fazer bolhas de sabão?
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