23/06/2021
Um Pouco mais sobre Malta.
Malta está subdividida desde 1993 em 68 concelhos locais ou localidades. Esta é a forma mais básica de divisão administrativa, não existindo níveis intermédios entre o nível nacional e os concelhos locais. A seguinte lista está dividida por ilha:
Geografia
Malta é um arquipélago (Ilhas Maltesas) no mar Mediterrâneo central (na sua bacia oriental), 93 km a sul da ilha italiana da Sicília, da qual se separa pelo Canal de Malta. Apenas as três maiores ilhas (Malta, Gozo e Comino) são habitadas. As ilhas menores são desabitadas. As ilhas do arquipélago foram formadas de pontos altos de uma ponte terrestre entre a Sicília e que se tornou isolada quando o nível do mar subiu após a última era glacial. O arquipélago situa-se na borda da Placa da África, onde se reúne a Placa Euroasiática.
Inúmeras baías ao longo da costa maltesa oferecem bons portos. A paisagem é constituída por baixas colinas com campos. O ponto mais alto em Malta é o Ta'Dmejrek, com 253 metros de altitude (830 pés), perto de Dingli. Embora existam alguns rios pequenos de elevada pluviosidade, não há rios permanentes ou lagos no país. No entanto, alguns cursos de água têm água doce durante o ano inteiro, como Baħrija, l-Imtaħleb e San Martin e no vale do Lunzjata em Gozo.
Fitogeograf**amente, Malta pertence à província Liguro-Tirreno, região do Mediterrâneo no Unido Boreal. De acordo com o WWF, o território de Malta pertencente às ecorregiões de florestas do Mediterrâneo, como Spring e Drymodes".
O sul maltês não é o ponto mais meridional dos arquipélagos da Europa: essa distinção pertence a Gavdos, uma ilha grega a sul de Creta.
O arquipélago maltês
Blue Lagoon Bay entre as ilhas de Comino e Cominotto
As ilhas menores que fazem parte do arquipélago são desabitadas e incluem:
Barbaganni Rock;
Cominotto, (Kemmunett);
Delmarva Island;
Filfla;
Fessej Rock;
Rocha do Fungo, (Il-Ġebla tal-Ġeneral);
Għallis Rock;
Halfa Rock;
Large Blue Lagoon Rocks;
Ilha de São Paulo/Ilha Selmunett;
Gżira
Mistra Rocks;
Tac-Cawl Rock;
Qawra Point/Ta' Fraben Island;
Small Blue Lagoon Rocks;
Sala Rock;
Xrobb l-Għaġin Rock;
Ta'taht il-Mazz Rock.
Demografia
A população de Malta está estimada em 419 285 habitantes (estimativa de 2008) onde 94% de seus habitantes residem nas áreas urbanas. Etnicamente, 95% são naturais de Malta e os restantes são ingleses ou descendentes de italianos, além de alguns italianos e espanhóis. Malta é um dos países com maior densidade populacional do mundo, e o maior dentre os países da União Europeia, com cerca de 1 265 habitantes por quilómetro quadrado.
Os malteses são, em sua maioria, católicos. A influência da Igreja Católica é forte. É um dos vários países no mundo que não permitem o ab**to.
São Jorge Preca, presbítero maltês, foi o fundador da Sociedade da Doutrina Cristã, para o apostolado catequético, beatif**ado em 9 de maio de 2001 por João Paulo II (papa daquela época) e canonizado por Bento XVI na Praça de São Pedro.
Línguas
Ver artigo principal: Línguas de Malta
A língua maltesa (maltês: malti) é uma dos dois idiomas constitucionais de Malta, tendo-se tornado oficial, no entanto, apenas em 1934, e sendo considerada a língua nacional. Anteriormente, o siciliano era a língua oficial e cultural de Malta no século XII e o dialeto toscano do italiano no século XVI. Juntamente com o maltês, o inglês também é uma língua oficial do país e, portanto, as leis do país são promulgadas em maltês e em inglês. No entanto, o artigo 74 da Constituição afirma que "... se houver qualquer conflito entre os textos maltês e inglês de qualquer lei, o texto maltês prevalecerá."
O maltês é uma língua semítica descendente do dialeto árabe-siciliano (árabe-siculo do sul da Itália), hoje extinto, que se desenvolveu durante o emirado da Sicília.[18] O alfabeto maltês consiste em 30 letras baseadas no alfabeto latino, incluindo as letras diacriticamente alteradas ż, ċ e ġ, bem como as letras għ, ħ e ie.
O idioma é a única língua semítica com status oficial na União Europeia. O maltês tem uma base semítica com empréstimos substanciais do siciliano, italiano, um pouco do francês e, mais recentemente e cada vez mais, do inglês.[19]
O Eurobarómetro afirma que 97% por cento da população maltesa considera o maltês como língua materna. Além disso, 88% da população fala inglês, 66% fala italiano e 17% fala francês.[20]
Este conhecimento de segundas línguas faz de Malta um dos países mais multilingues da União Europeia. Um estudo que coletou a opinião pública sobre qual idioma era "preferido" descobriu que 86% da população expressa preferência pelo maltês, 12% pelo inglês e 2% pelo italiano.[21]
A língua de sinais maltesa é usada pela comunidade surda da Malta.[22]
Religião
Ver artigos principais: Religião em Malta e Catolicismo em Malta
Malta tem um longo legado cristão. De acordo com os Atos dos Apóstolos, São Paulo naufragou e chegou à costa maltesa, onde promoveu a conversão de seus habitantes.[23] O catolicismo continua a ser a religião oficial, como também a dominante no país.[24][25] Malta é conhecida por seu patrimônio mundial, mais proeminente dos templos megalíticos muito antigos.[26][27][28]
Malta é o país mais religioso da Europa. De acordo com pesquisa de 2010 do Eurobarometer, 94% da população de Malta acredita na existência de algum deus. 4% dos malteses acreditam na existência de algum tipo de espírito ou força vital, ao passo que 2% não acreditam que exista qualquer tipo de espírito, deus, ou força vital.[29]
O santo padroeiro da ilha é, além de São Paulo, São Jorge Preca, conhecido localmente como "Segundo Apóstolo de Malta
Governo e política
Ver artigo principal: Política de Malta
Parlamento maltês
O sistema unicameral está representado em uma Câmara de Representantes, conhecido como Kamra tar-Rappreżentanti em maltês, eleita por um sufrágio universal mediante voto direto a cada cinco anos, a menos que a câmara seja dissolvida pelo presidente em consulta com o primeiro-ministro. A câmara possui 65 representantes. A câmara de representantes elege o presidente do país a cada cinco anos.
Os principais partidos políticos são o Partido Nacionalista de Malta e o Partido Trabalhista de Malta, este último social-democrata. Há um "partido verde" (Alternattiva Demokratika) e um de extrema direita (Imperium Europa), que praticamente não existe. Quando um partido obtém a maioria absoluta de cadeiras, mas não de membros, pode-se obter o que lhe falta a uma maioria parlamentar.
Economia
Ver artigo principal: Economia de Malta
Zona industrial de Valeta
Malta produz apenas 20% das reservas alimentares que consome, tem recursos de água potável limitados e nenhuma fonte de energia doméstica. É uma economia de dependência externa e de importações, sendo que a manufatura eletrônica e têxtil, além do turismo são as suas principais fontes de rendimento.
A economia maltesa é baseada na indústria, no comércio e nos serviços financeiros que melhoram signif**ativamente a economia do país. Malta tem grandes recursos tecnológicos. Assim, por estar localizada entre África e Europa, possui comércio de alto nível, com joalherias, bancos e restaurantes. As principais indústrias de Malta são a alimentícia, a eletrônica, a naval, a calçadista, a têxtil e a pesqueira, além de haver serviços financeiros na capital e nas principais cidades.
A moeda oficial era a Lira maltesa, até dezembro de 2007. O euro foi adotado como moeda oficial do país em 1 de janeiro de 2008. Estima-se que o Euro fará com que a economia maltesa cresça 12% ao ano, superando as taxas de crescimento da China, Coreia do Sul e Índia, além disso, o governo tenta liberar a exploração e o refino do petróleo. Devido ao seu limitado tamanho (316 km²) o país não tem espaço suficiente para a agricultura, sendo obrigado a importar vários produtos agrícolas.
Infraestrutura
Educação
A taxa de alfabetização em Malta é de 99,5%.[31] O ensino primário é obrigatório desde 1946 e o ensino secundário até a idade de dezesseis anos foi tornado obrigatório em 1971. O Estado e a Igreja fornecem gratuitamente educação. Entre as escolas públicas principais em Malta encontram-se o College De La Salle, em Cospicua; St. Colégio Aloysius em Birkirkara; Colégio Missionário de São Paulo em Rabat, Escola São José, em Blata l-Bajda e Escola Santa Mônica em Mosta. A partir de 2006, as escolas públicas são organizadas em redes conhecidas como Faculdades e incorporam pré-escolas, escolas primárias e secundárias. Um número de escolas privadas estão em funcionamento em Malta, destacando-se O San Andrea College e San Anton College no vale de L-Imselliet. A partir de 2008, existem duas escolas internacionais, Verdala Escola Internacional e IQS Malta. O Estado paga uma parte do salário dos professores em escolas da Igreja.[32]
A educação em Malta é baseada no modelo britânico. O ensino primário dura seis anos. Na idade de 11 anos, alunos passam por um exame para entrar em uma escola secundária, ou uma escola da igreja (o Vestibular Comum). Os alunos prestam o exame SEC-level com a idade de 16 anos, com passagens obrigatórias em certas matérias como matemática, inglês e maltês. Os alunos podem optar por continuar estudando em um colégio ou adentrar numa instituição pós-secundária, como MCAST. O sexto curso tem a duração de dois anos, no final do qual os alunos prestam outro exame. Dependendo do seu desempenho, os alunos podem, em seguida, pleitear uma graduação ou cursos de nível técnico ou tecnológico.
A Universidade de Malta (UoM) oferece educação terciária, de graduação e pós-graduação. O maltês e inglês são ambos usados na educação a nível do ensino primário e secundário, e ambos os idiomas também são disciplinas obrigatórias. As escolas públicas tendem a usar os dois idiomas, maltês e inglês, de forma equilibrada. As escolas particulares preferem usar o inglês para o ensino, como também é o caso com a maioria dos departamentos da Universidade de Malta. Isso tem um efeito restritivo sobre a capacidade e desenvolvimento da língua maltesa. A maioria dos cursos universitários são em inglês.[33] Do número total de alunos que estudam uma primeira língua estrangeira no ensino secundário, 51% tem contato com o italiano, enquanto 38% com o francês. Outras opções incluem o alemão, russo, espanhol, latim, chinês e árabe. Malta é também um destino popular para estudar o idioma inglês, atraindo mais de 80.000 estudantes em 2012.[34][35]
Saúde
Malta tem uma longa história de prestação de cuidados de saúde com financiamento público. O primeiro hospital registado no país já estava a funcionar em 1372.[36] Hoje, Malta tem tanto um sistema de saúde público, conhecido como o serviço governamental de saúde, e um sistema de saúde privado.[37][38] Malta tem uma forte base de cuidados médicos primários, e os hospitais públicos prestam cuidados secundários e terciários. O Ministério de Saúde maltês aconselha os residentes estrangeiros a fazer um seguro médico privado.[39]
Malta também possui organizações voluntárias, como o Alpha Medical, Fire & Rescue, St. John Ambulance e a Cruz Vermelha de Malta, que prestam serviços de primeiros socorros e enfermagem durante eventos que envolvem multidões. A Universidade de Malta tem uma escola de medicina e uma Faculdade de Ciências da Saúde.
A Associação Médica de Malta representa os praticantes da profissão médica. A Associação de Estudantes de Medicina de Malta (MMSA, em inglês) é um órgão separado que representa os estudantes de medicina de Malta, e é um membro da EMSA e IFMSA. O Instituto de Malta para a Educação Médica é um instituto criado recentemente para fornecer orientações aos médicos em Malta bem como estudantes de medicina.
Cultura
Forte de Santo Elmo, Malta: recriação histórica com uniformes do século XVI dos Cavaleiros de Malta (2005)
A cultura maltesa reflete as influências variadas das diversas culturas que a dominaram até 1964, particularmente de Itália e do Reino Unido. Os costumes, lendas e folclores malteses são estudadas e categorizadas lentamente, como qualquer outra tradição europeia.
Na catedral de São João, construída em 1577, pode-se apreciar a tela A Decapitação de São João, de Caravaggio, que viveu alguns meses na ilha, mas foi expulso sob acusação de homicídio.
Na sede do Governo, localizado no antigo Palácio do Grão-Mestre do Armoria, podem-se apreciar mais de 5 mil quadros da Ordem Soberana e Militar de Malta. Em Valeta, a capital do país, localiza-se o Museu de Belas Artes, o Museu de Arqueologia, o Forte de Santo Elmo e Museu da Inquisição.
O Museu Marítimo e o Museu do Grande Sítio de 1565 revelam o passado turbulento das pequenas ilhas. O Museu Nacional da Guerra e do Refúgio, da Segunda Guerra Mundial apresenta as informações presentes em conflitos mais recentes.
As discotecas, restaurantes e clubes noturnos na cidade de St. Julian's estão abertas até altas horas da madrugada.
Em Gozo, podem-se apreciar a maioria dos templos pré-históricos em Malta, considerados como patrimónios mundiais pela UNESCO.
Literatura
Calcula-se que a literatura maltesa tenha quase dois séculos de idade. Por um longo período, a literatura maltesa referiu-se à tradição literária, atingindo o seu apogeu com os trabalhos do sacerdote Dun Karm Psaila, um artista com um grande domínio de sua arte, que mais tarde foi declarado um poeta nacional.
Escritores como Ruzar Briffa e Karmenu Vassallo trataram, durante o século XX, a buscar novas alternativas para a rigidez temática e formal da versif**ação, mas apenas até os anos 60 a literatura maltesa sofreu sua transformação mais radical em todos os gêneros.
A ansiedade, crise identitária, protestos, rebeliões e o engajamento social marcaram o período literário e dramático. Alguns poetas pendentes do século passado foram Mario Azzopardi, Victor Fenech, Oliver Friggieri, Joe Friggieri, Carlos Flores, Maria Ganado, Lillian Sciberras e Akill Mizzi.
Na prosa destacam-se Frans Sammut e Joe Camilleri e entre os dramaturgos destacam-se Francis Ebejer, Alfred Sant e Oreste Calleja.
Os escritores da nova geração consolidaram-se na busca de seus antecessores. Guze'Stagno, Karl Schembri e Clare Azzopardi rapidamente impuseram seu nome no campo literário.
Entre os poetas contemporâneos incluem-se Adrian Grima, Immanuel Mifsud, Norbet Bugeja e Simone Inguanez.
Atividades académicas
No campo acadêmico sobressaem os professores Peter Serracino Inglott, e Charles Briffa, da Universidade de Malta. o mesmo com o poeta Oliver Friggieri, que introduziu a perspectiva histórica e psicossocial e implicações filosóf**as de um poder opressivo.
Por sua parte, o professor e escritor Edward de Bono é conhecido por cunhar o termo pensamento lateral.
As atividades culturais maltesas vão desde a aprendizagem mais pura do aramaico antigo até as classes de física mundialmente reconhecidas pelo professor Sr. Suarez.
Gastronomia
A cozinha maltesa é nascida da relação de longo prazo entre malteses e espanhóis que têm governado o arquipélago. A fusão de sabores deu à cozinha de Malta um sabor distinto dentro da cozinha mediterrânea. Embora tenha muitos pratos originais, muitas receitas também têm uma forte influência da culinária italiana (especialmente da Sicília) e turca. Alguns pratos tipicamente malteses são o biz-fiir zejt, gbejniet, pastizzi e Ross il-Forn.
Desporto
Na década de 1990, o desporto em Malta renasceu graças à construção de várias instalações atléticas, incluindo um estádio nacional e uma arena multiuso em Ta' Qali, assim como uma pista adequada para a prática de tiro com arco, rugby e beisebol. Em competições internacionais, quando Malta não participa, os locais costumam torcer para equipas britânicas e italianas.
Fonte de pesquisa: Wikipédia