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17/04/2024
Comida para o corpo ou comida para a alma.Você tem fome de que?
Desperdício alimentar, comida ancestral, memórias afetivas e outras divagações para repensarmos nossa relação com os alimentos.
Rapidez e conveniência. Palavras que ditam nosso tempo. Em tudo, comida inclusive. Degustar virou exceção. Comer para saciar. É fácil esquecer o verdadeiro poder da comida. Repensar é preciso. Estou aqui preparando o roteiro para um workshop de escrita expressiva na cozinha. Em um fim de semana dedicado aos pequenos prazeres da nossa existência, me cabe guiar grupo à explorar a relação com a comida.
Quero que seja uma atividade prazeroza diante das panelas. Preparar com calma, comer sem pressa. Refletir. Mesclar sabores e palavras, sentimentos e texturas, lembranças e cores. O processo de confecção da comida é também uma jornada emocional. À medida que cortamos, misturamos e cozinhamos, somos por vezes transportados de volta à infância, onde os aromas da cozinha eram sinônimo de aconchego.
Pausa aqui para minhas próprias lembranças. Chego na casa da avó e corro para a cozinha. Lá estava ela fazendo o bolo branco com raspas de limão. Ainda posso sentir esse cheiro. Tinha que esperar o tempo do forno e então ela me dava um pão com manteiga e açúcar para tornar a espera ser mais doce. Na casa da avó podia. Tenho saudade desse momento. Ficou guardado.
Corto o limão que tenho nas mãos, espremo e me arde um pequeno corte no dedo. Volto à realidade. Estranho falar de prazer e comida quando a fome só aumenta em todo o mundo. Segundo dados da ONU, o número de pessoas que passam fome e sofrem de insegurança alimentar vem aumentando gradualmente ano após ano. (...)
Texto completo no SLER
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