Maria da Fonte: 1846-2021

Maria da Fonte: 1846-2021 Informações para nos contactar, mapa e direções, formulário para nos contactar, horário de funcionamento, serviços, classificações, fotos, vídeos e anúncios de Maria da Fonte: 1846-2021, Agência de visita histórica, Póvoa de Lanhoso, Póvoa de Lanhoso.

Na passagem dos 175 anos da revolta das mulheres da Póvoa de Lanhoso, que determina a Revolução que leva à demissão do Governo da nação, é importante perceber como foi possível oferecer à História de Portugal um dos seus maiores símbolos!

https://youtu.be/z4OnRnhxWxA
08/03/2023

https://youtu.be/z4OnRnhxWxA

0:01 - José Afonso3:41 - Ana Bacalhau7:59 - FaltriqueiraMaria da Fonte, ou Revolta do Minho, é o nome dado a uma revolta popular ocorrida na primavera de 184...

Sabias que data de 19 de março de 1846 (há 176 anos) o enterramento tumultuário que daria início ao movimento que f**ari...
19/03/2022

Sabias que data de 19 de março de 1846 (há 176 anos) o enterramento tumultuário que daria início ao movimento que f**aria para a história como a «Revolução da Maria da Fonte ou Revolução do Minho»?

De facto, o enterramento tumultuário ocorrido a 19 de março, aconteceu na freguesia de Frades, no funeral de Engrácia da Silva, que, embora ainda sem determinar a intervenção de força e choque com as autoridades, abria o caminho do que aconteceria na semana seguinte na freguesia de Fontarcada!

Este episódio ditaria, entre outras consequências, o afastamento do pároco daquela freguesia, João António Rebelo d’Araújo, que Azevedo Coutinho refere ter-se recolhido à terra natal (Moreira – Guimarães) e “lá se demorou por algum tempo…”

Este e outros episódios, tal como muitos factos, podem ser consultados em https://www.academia.edu/18451311/Pref%C3%A1cio_a_Hist%C3%B3ria_da_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte_de_Azevedo_Coutinho

Prefácio ao Folhetim "História da Revolução da Maria da Fonte - Relato dos primeiros acontecimentos da Primavera de 1846, escritos quarenta anos depois, sob orientação de um contemporâneo da Revolução", publicados no jornal semanário da

Por falar em símbolos…Que dizer de “O Cabral Fugiu para Espanha”, de Zeca Afonso…!?Mais um registo da nossa música de in...
06/03/2022

Por falar em símbolos…
Que dizer de “O Cabral Fugiu para Espanha”, de Zeca Afonso…!?

Mais um registo da nossa música de intervenção inspirado no Cancioneiro da História da nossa Maria da Fonte!

“Ele que só nos trouxe a maior miséria encontra-se a pagar a sua vilania num exílio vergonhoso em terra de Espanha.

Provou-se que o povo tinha razão. E provou-se também que a unidade de todos os cidadãos há-de levar de vencida essa corte corrupta e indigna.

Temos de exigir medidas revolucionárias ao nosso governo. Não podemos permitir que o Duque de Palmela, o nosso ministro, continue nas mesmas águas turvas do Costa Cabral.

Se não é capaz de tomar medidas que sirvam o povo, que vá para lá outro.” (Hélder Costa)

«Aprende Rainha aprende
Mede bem o teu poder
Tu dum lado o povo d´outro
Qual dos dois há-de vencer

O Cabral fugiu p´ra Espanha
Com uma carga de sardinha
Com a pressa que levava
Nem disse adeus à Rainha

Viva a Maria da Fonte
Ve com esporas de prata
A cavalo na Rainha
Com o Saldanha á arreata

O Cabral queria ser rei
A mulher quer ser rainha
Foram-se os Cabrais embora
Só ficou a Luisinha

O Cabral fugiu para Espanha
Já lá vai para a Galiza
Com a pressa que levava
Nem disse adeus à Luisa.»

https://www.youtube.com/watch?v=32eTm7uKX0c

Zeca Afonso - O cabral fugiu para EspanhaAlbum: Fura fura

XVIII – Maria da Fonte, um símbolo ou um mito?A MARIA DA FONTE NÃO É UM MITO!“As Mulheres de Fontarcada conjugaram-se nu...
27/02/2022

XVIII – Maria da Fonte, um símbolo ou um mito?

A MARIA DA FONTE NÃO É UM MITO!

“As Mulheres de Fontarcada conjugaram-se numa só, que se chamou Maria da Fonte, e a qual deixou de ser uma campónia, ousada e ladina, filha de amores escondidos ou de um Bacharel e de uma lavradeira, para se transformar no símbolo das reivindicações do povo contra a ditadura.”
Rocha Martins (1879-1952)

“A Revolução mais popular que até hoje a terra portuguesa tem presenciado (...) Verdadeiro ou falso, mitho ou realidade, o nome de Maria da Fonte é o símbolo popular daquele inesperado sucesso.”
J. Augusto Marques Gomes (1853-1931)

JOSÉ MARIA DA SILVA - O COVÊLO "O Padre Casimiro da Póvoa de Lanhoso" (!?)A revolta das mulheres da Póvoa de Lanhoso não...
23/02/2022

JOSÉ MARIA DA SILVA - O COVÊLO
"O Padre Casimiro da Póvoa de Lanhoso" (!?)

A revolta das mulheres da Póvoa de Lanhoso não podia f**ar sem responsabilização de alguém. Era urgente para as autoridades encontrar um “bode expiatório”, alguém com "costas largas" que pudesse "assumir" as responsabilidades pelos desacatos e pelos confrontos com as autoridades.

Assim, perante a captura de um criminoso de “delito comum”, em julho de 1846, José Maria da Silva, “O Covelo” (morador na freguesia de Travassos), será pelas mesmas autoridades associado à "causa miguelista" e diretamente responsabilizado pelos tumultos das mulheres, da Maria da Fonte!

Na exposição efetuada ao governo civil de Braga pode ler-se:
“José Maria da Silva… é para o Concelho da Póvoa de Lanhoso o que é para o de Vieira o bem conhecido Padre Casimiro…”

Quando as detenções foram comunicadas ao ministro (a 30 de julho, quando as mulheres tinham já recolhido a suas casas), José Maria Covêlo era apresentado já como “COMANDANTE DAS FORÇAS POPULARES DA PÓVOA DE LANHOSO” e seria preso e conduzidos a 12 de agosto às cadeias da Relação no Porto.

José Maria da Silva - O Covêlo morreu em 8 de dezembro de 1853 no hospital da cidade de Braga.

Estava expurgada a condenação que se impunha às autoridades (que deveria ser um homem), num momento em que o país já tinha encontrado o seu símbolo da Revolução, transformado em liberdade - A MARIA DA FONTE.

Esta informação consta da documentação publicada em: "A Maria da Fonte na Póvoa de Lanhoso - Novos documentos para a sua História", de José V. Capela e Rogério Borralheiro (editado pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso em 1996)

XVII - OS HOMENS NA REVOLTA DA “MARIA DA FONTE”As referências à participação e/ou envolvimento dos homens nos episódios ...
19/02/2022

XVII -
OS HOMENS NA REVOLTA DA “MARIA DA FONTE”

As referências à participação e/ou envolvimento dos homens nos episódios iniciais dos levantamentos populares da Póvoa de Lanhoso, são muito vagos (com o protagonismo a incidir EXCLUSIVAMENTE na ação das MULHERES).

De facto, “todos suspeitam” do envolvimento de homens, muito particularmente as autoridades, para quem é impensável senão mesmo “impossível”, procurando justif**ar a humilhação pelo insucesso em colocar termo às ações protagonizadas apenas por mulheres!

“Desde as autoridades administrativas, com o administrador do concelho à cabeça, passando pelas autoridades policiais/militares e pelo próprio relatório do Juiz da Comarca, todos expressam claramente a convicção da existência de figuras masculinas por detrás, ou na sombra, dos levantamentos e das mulheres.”

Podemos afirmar que, na principal motivação das mulheres (da Póvoa de Lanhoso), é certo que há (pelo menos) um homem, o Administrador do Concelho!

https://www.academia.edu/22185365/A_P%C3%93VOA_DE_LANHOSO_NO_LIBERALISMO_O_Administrador_do_Concelho_na_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte

MARIA DA FONTE DO VIDO“Eis-me exposta junto à Linfa Que aqui mana deste monte Serei dela clara ninfa Serei Maria da Font...
18/02/2022

MARIA DA FONTE DO VIDO

“Eis-me exposta junto à Linfa
Que aqui mana deste monte
Serei dela clara ninfa
Serei Maria da Fonte”

A menina exposta junto a uma fonte NÃO FOI a MARIA DA FONTE, he***na da Revolução do Minho no ano de 1846!

Se ainda não há uma identif**ação definitiva na resposta à questão “Quem Foi a Maria da Fonte?”, o mesmo não acontece no que respeita a excluir algumas das “candidatas”, como é este o caso.

Esta é uma quadra da história, apresentada por Camilo Castelo Branco no seu livro publicado em 1885, de uma menina EXPOSTA junto à Fonte do Vido (lugar do Barreiro, freguesia de Fontarcada) e que teria sido recolhida por Josefa Antunes na madrugada de 24 de junho de 1822, quando foi colher a “água de S. João” à dita fonte, próxima de sua casa, antes do sol nascer, e que em vez de a entregar à Roda como era habitual, decide adotar por lhe ter falecido uma criança uns dias antes e ainda a poder alimentar com leite materno...

Este é um apontamento da HISTÓRIA INVENTADA por José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade – o Administrador do Concelho da Póvoa de Lanhoso, sobre quem já muito falamos!

Se o livro é publicado em 1885 esta menina só passa a existir a partir desse momento, 40 anos depois da Revolução!
https://www.academia.edu/22185365/A_P%C3%93VOA_DE_LANHOSO_NO_LIBERALISMO_O_Administrador_do_Concelho_na_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte

OUTRAS MULHERES E OUTROS NOMES!Identif**amos já, nas publicações anteriores, SEIS das mulheres com destaque e/ou protago...
16/02/2022

OUTRAS MULHERES E OUTROS NOMES!

Identif**amos já, nas publicações anteriores, SEIS das mulheres com destaque e/ou protagonismo nos primeiros movimentos e confrontos da Revolução da Maria da Fonte… e outros poderiam ainda ser apontados (MARIA CUSTÓDIA MILAGRETA… MARIA VIDAS… etc. etc.), já que existem registos que atestam um grande número de mulheres envolvidas, na ordem das “centenas” como sublinha o próprio Relatório do Juiz (também já citado em publicações anteriores)!

Como foi já referido, muito da grandiosidade que a MARIA DA FONTE granjeou poderá residir, exata ou concretamente, na “impossibilidade” da sua correspondência com uma única mulher ou protagonista!

Embora fosse possível, não queremos ir além das “7 mulheres” simbolicamente “cantadas” por Zeca Afonso…

Não obstante a existência física de todas as mulheres já identif**adas, a MARIA DA FONTE, como veremos de seguida, tornou-se sim num símbolo que se conseguiu manter vivo ou reinventar, ao longo de 175 anos, com permanente atualidade.

A construção desse símbolo é, entre outras, uma das razões desta página.

O essencial dessa mesma história pode ser acedida a partir da seguinte ligação:
https://www.academia.edu/51381667/Maria_da_Fonte_175_Anos_1846_2021_A_realidade_muito_para_al%C3%A9m_da_P%C3%B3voa_de_Lanhoso

Será que MARIA DA MOTA, ao estender a Revolta para além dos limites do concelho da Póvoa de Lanhoso, leva consigo o nome...
15/02/2022

Será que MARIA DA MOTA, ao estender a Revolta para além dos limites do concelho da Póvoa de Lanhoso, leva consigo o nome da mulher que f**ará para a História como “MARIA DA FONTE”?

Em abril de 1846, Maria da Mota lidera um grupo de mulheres e homens, que se dirigem para Vieira do Minho com o intuito de arrombar a cadeia daquela vila, tal como tinha sucedido na Póvoa de Lanhoso.

O episódio terá acontecido na sequência do enterramento tumultuário ocorrido na freguesia de Galegos nos primeiros dias de abril.

Depois de concretizar o feito, libertaram um preso que dava vivas à Rainha.

Azevedo Coutinho e Paixão Bastos consideram que Maria da Motta foi uma das mais exaltadas he***nas do movimento popular.

A coluna volante que estava estacionada na Póvoa de Lanhoso e 40 praças do destacamento de Guimarães partem de imediato para Vieira do Minho, na tentativa de acalmar os ânimos e refazer a ordem.

Uma das principais fontes para identif**armos as mulheres que participaram na Revolução, o "Relato dos primeiros acontecimentos da Primavera de 1846, escritos quarenta anos depois, sob orientação de um contemporâneo da Revolução", de Azevedo Coutinho, pode ser integralmente consultado aqui:
https://www.academia.edu/18451311/Pref%C3%A1cio_a_Hist%C3%B3ria_da_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte_de_Azevedo_Coutinho

Será que JOSEFA CAETANA (da CASA DA FONTE – Freguesia de Galegos) conseguiu enganar ou denominar a Revolução, apresentan...
13/02/2022

Será que JOSEFA CAETANA (da CASA DA FONTE – Freguesia de Galegos) conseguiu enganar ou denominar a Revolução, apresentando-se às autoridades como a “MARIA DA FONTE”?

Originária da Casa da Fonte, freguesia de Galegos, Josefa Caetana foi uma das incitadoras do enterro tumultuário que ocorreu a 07 de abril de 1846, o qual resultou no uso da força policial, suspensão do pároco da freguesia e aventou-se mesmo a possibilidade de anexar Galegos à freguesia mais próxima, dada a gravidade dos acontecimentos.

Neste motim, foi identif**ada e presa Josefa Caetana que, para se tentar livrar da prisão, terá dito chamar-se “Maria da Fonte”, no anseio de confundir as autoridades, mas cujo objetivo sai fracassado.

Conduzida para a prisão de Braga por uma escolta do Regimento, Josefa Caetana protagoniza um outro episódio que traz de novo o seu nome à ribalta. Um grupo de mulheres da Póvoa de Lanhoso e das freguesias de Sobreposta, Espinho e Pedralva (do concelho de Braga), tomam de assalto a escolta a fim de conseguir a libertação da revoltosa.

Josefa Caetana divide opiniões quanto à questão de ser ou não ser a verdadeira “Maria da Fonte”. Para Martins d’Oliveira, testemunha coeva dos acontecimentos, esta era a verdadeira he***na da revolução que teve a origem na Póvoa de Lanhoso.

Uma das principais fontes para identif**armos as mulheres que participaram na Revolução, o "Relato dos primeiros acontecimentos da Primavera de 1846, escritos quarenta anos depois, sob orientação de um contemporâneo da Revolução", de Azevedo Coutinho, pode ser integralmente consultado aqui:
https://www.academia.edu/18451311/Pref%C3%A1cio_a_Hist%C3%B3ria_da_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte_de_Azevedo_Coutinho

Seriam a formação no ambiente familiar, eventuais dons de oratória ou capacidades de liderança de (JO)ANA MARIA ESTEVES ...
12/02/2022

Seriam a formação no ambiente familiar, eventuais dons de oratória ou capacidades de liderança de (JO)ANA MARIA ESTEVES “razões” bastantes para liderar e denominar a Revolução?

Natural da freguesia de Oliveira, a quem alguns creditam a glória de “lendária” Maria da Fonte, nascida a 12 de março de 1827, era filha do Bacharel João Baptista Vieira (de Bagães) e de Marianna Rosa Esteves.

Na data dos acontecimentos, Ana Maria Esteves contava 19 anos de idade. Aparece citada por diversos historiadores como a mulher que deu o nome à revolução, pela parte ativa que teve neste exército feminino, entre os quais Rocha Martins e Joaquim Palminha da Silva.

Descrita por Paixão Bastos como uma rapariga de estatura mediana, elegante e de notável formusura campesina, que vestia “saia vermelha apanhada na cintura” a ela se atribuí o feito de ter arrombado, a golpes de machado, a porta da cadeia de Lanhoso, proferindo as seguintes palavras:

“Não há outro remédio!
Viva a Rainha! Morram os Cabrais!
Abaixo as Leis Novas!
Queimem-se os Cadastros!”

JoAna Maria Esteves contrai matrimónio logo a seguir à Revolução (9 de fevereiro de 1847), passando a residir na freguesia de Verim!

Uma das principais fontes para identif**armos as mulheres que participaram na Revolução, o "Relato dos primeiros acontecimentos da Primavera de 1846, escritos quarenta anos depois, sob orientação de um contemporâneo da Revolução", de Azevedo Coutinho, pode ser integralmente consultado aqui:
https://www.academia.edu/18451311/Pref%C3%A1cio_a_Hist%C3%B3ria_da_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte_de_Azevedo_Coutinho

Terá sido MARIA LUISA BALAIO, dona de uma taberna (localizada no LARGO DA FONTE), a “ESTRATEGA” e “MADRINHA” da REVOLUÇÃ...
09/02/2022

Terá sido MARIA LUISA BALAIO, dona de uma taberna (localizada no LARGO DA FONTE), a “ESTRATEGA” e “MADRINHA” da REVOLUÇÃO DA “MARIA DA FONTE”, nome pelo qual já antes era conhecida?

Proprietária de uma hospedaria e casa de pasto, localizada no Largo da Fonte (atual Largo António Lopes), Maria Luiza Balaio já seria conhecida como “Maria da Fonte” muito antes de a revolta acontecer.

Não existindo registos conhecidos sobre a sua participação ativa nas ações de revolta na Póvoa de Lanhoso, foi considerada por muitos como a “estratega” que dá o nome ao movimento contestatário; incansável no incentivo e acolhimento que dava às mulheres da revolta, que se reuniam na sua hospedaria (taberna), a quem aclamavam como “Maria da Fonte”!

O Relato de Azevedo Coutinho, publicado no Jornal Maria da Fonte (1886) e reescrito (1908 e 1945) por Paixão Bastos, homens das letras da Póvoa de Lanhoso, reconhecem em Maria Luiza Balaio a “Maria da Fonte” da Revolta do Minho em 1846, assumindo a condição de “madrinha” após o assalto das mulheres à cadeia para libertarem as companheiras presas no primeiro enterramento tumultuário.

Após a revolução, e com receio de represálias quando os cabralistas voltam ao poder, Maria Luísa Balaio, embarca para o Brasil, juntamente com o seu filho de nome José de Macedo.

Uma das principais fontes para identif**armos as mulheres que participaram na Revolução, o "Relato dos primeiros acontecimentos da Primavera de 1846, escritos quarenta anos depois, sob orientação de um contemporâneo da Revolução", de Azevedo Coutinho, pode ser integralmente consultado aqui:
https://www.academia.edu/18451311/Pref%C3%A1cio_a_Hist%C3%B3ria_da_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte_de_Azevedo_Coutinho

SERIA MARIA ANGELINA O NOME DA VERDADEIRA ”MARIA DA FONTE”?Nascida a 23 de março de 1824, natural de Valbom, freguesia d...
08/02/2022

SERIA MARIA ANGELINA O NOME DA VERDADEIRA ”MARIA DA FONTE”?

Nascida a 23 de março de 1824, natural de Valbom, freguesia de Fontarcada, Maria Angelina teria 22 anos quando eclodiu a revolta feminina.

Descrita por Azevedo Coutinho como um belo espécimen de aldeã do Minho, pelos seus músculos reforçados, temperamento sanguíneo e aparência duma saúde vigorosa e resistente, é uma das mulheres que reúne largo consenso. por parte dos estudiosos, quanto à possibilidade de ser a “verdadeira” Maria da Fonte, ou aquela a quem a simbologia e iconografia mais procura retratar.

O facto de Maria Angelina se ter destacado nas revoltas, participando desde o início até ao seu termo, ou de se apresentar armada com uma clavina e com uma pi***la presa à cintura, são fortes indícios de que poderá ter assumido um papel preponderante nesta rebelião feminina, interpretando assim uma das facetas normalmente associadas à figura da he***na:

“Viva a Maria da Fonte
Com uma pi***la na mão
Para matar os Cabrais
Que são falsos à nação.”

Uma das principais fontes para identif**armos as mulheres que participaram na Revolução, o "Relato dos primeiros acontecimentos da Primavera de 1846, escritos quarenta anos depois, sob orientação de um contemporâneo da Revolução", de Azevedo Coutinho, pode ser integralmente consultado aqui:
https://www.academia.edu/18451311/Pref%C3%A1cio_a_Hist%C3%B3ria_da_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte_de_Azevedo_Coutinho

SERIA, JOAQUINA CARNEIRO, A MARIA DA FONTE?Esta é uma das diversas mulheres identif**adas e/ou "arroladas" nos primeiros...
07/02/2022

SERIA, JOAQUINA CARNEIRO, A MARIA DA FONTE?

Esta é uma das diversas mulheres identif**adas e/ou "arroladas" nos primeiros levantamentos de confronto com as autoridades ocorridos na Póvoa de Lanhoso (no primeiro trimestre de 1846) e que resultariam na Revolução da Maria da Fonte.

Joaquina Carneiro nasceu a 7 de julho de 1811. Filha de Custódio Antunes e Clemência Rosa Carneiro, pertencia a uma família de doceiras do lugar Valbom, freguesia de Fontarcada.

Esta destemida mulher participou no enterramento tumultuário de 08 de janeiro de 1846, do seu sobrinho, José Joaquim Ribeiro, que só foi impedido pela presença no local do Comissário de Junta Saúde, José Miguel Fernandes, homem de prestígio e respeitado pela população, que consegue demover as pretensões femininas, concluindo-se o enterro da urna no adro da igreja.

Apesar de “derrotadas” pela cedência, continuaram intransigentes, e no dia seguinte, tentaram exumar o cadáver, mas mais uma vez foram impedidas de alcançar o seu objetivo.

Joaquina Carneiro voltou a participar ativamente no enterramento tumultuário ocorrido no final de março, de onde resultam violentos confrontos diretos com as autoridades, não só administrativas como policiais e judiciais.

Considerada pelo Administrador do Concelho como uma das líderes da revolta, foi detida pela sua participação ativa nos tumultos de 23 de março; foram esses tumultos que despoletaram os primeiros acontecimentos do confronto com as autoridades, marcando o início da Revolução.

Uma das principais fontes para identif**armos as mulheres que participaram na Revolução, o "Relato dos primeiros acontecimentos da Primavera de 1846, escritos quarenta anos depois, sob orientação de um contemporâneo da Revolução" de Azevedo Coutinho pode ser integralmente consultado aqui:
https://www.academia.edu/18451311/Pref%C3%A1cio_a_Hist%C3%B3ria_da_Revolu%C3%A7%C3%A3o_da_Maria_da_Fonte_de_Azevedo_Coutinho

XIII-XIV-XV-XVIQUEM FOI A MARIA DA FONTE?
06/02/2022

XIII-XIV-XV-XVI
QUEM FOI A MARIA DA FONTE?

As 7 mulheres do Minho que cantava Zeca Afonso referem-se à Maria da Fonte?A real identidade da “Maria da Fonte” sempre ...
05/02/2022

As 7 mulheres do Minho que cantava Zeca Afonso referem-se à Maria da Fonte?

A real identidade da “Maria da Fonte” sempre foi uma das duvidas que persistiu ao longo dos últimos 175 anos, divergindo as interpretações de autores e investigadores na procura da mulher que emprestou o seu “nome” a uma revolução que também f**aria conhecida como Revolução do Minho.

Muita da riqueza simbólica desta revolução, que a fará perdurar até aos nossos dias, residirá em grande medida do caráter enigmático que enforma a identidade da própria he***na. A mulher, mais um símbolo do que um nome, que encarnou toda uma comunidade, toda uma região e todo um país, que se identif**ava (por um ou outro motivo ou razão) com os propósitos de contestação assumida pelas mulheres da Póvoa de Lanhoso!

Das centenas de mulheres que tomaram parte ativa nas movimentações e nos conflitos com as autoridades há umas quantas que reúnem mesmo defensores ou detratores… de protagonistas a mentoras, organizadoras ou simples participantes, com assentos de nascimento autênticos e/ou formalmente identif**adas ou “arroladas” pelas autoridades administrativas e/ou policiais!

Maria Angelina, JoAna Maria, Josefa Caetana, Maria Milagreta, Maria Luiza, Joaquina Carneiro, Maria da Mota... são apenas nomes de sete casos de mulheres (a que poderíamos somar mais uns quantos...) que se destacaram ao longo dos primeiros confrontos personif**ando as atividades que acontecem nas últimas semanas de março e primeiras do mês de abril de 1846, e que desmentem o mito em que também já tentaram “embrulhar” a Maria da Fonte!

Cantar AS SETE MULHERES DO MINHO é valorizar a participação e o envolvimento de toda uma comunidade num propósito comum!

Sim! As SETE Mulheres do Minho que Zeca Afonso cantou (tal como cantaram ou ainda cantam Dulce Pontes, Ana Bacalhau, As Faltriqueira, Pereira Cristo e tantos outros) assenta na riqueza que o cancioneiro popular votará à he***na ao longo dos últimos 175 anos!

No mesmo álbum de Zeca Afonso (Fura Fura) encontramos outros testemunhos do mesmo cancioneiro, como é por exemplo “O Cabral Fugiu para Espanha”… e que são apenas simples exemplos da riqueza do mesmo cancioneiro!

https://www.youtube.com/watch?v=daU4y4dLeL8

"As sete mulheres do Minho" de Zeca Afonso. Albúm: "Fura-fura"

Quem foi a Maria da Fonte?«Foi a Maria da Fonte a personif**ação fantástica de uma coletividade de Amazonas de tamancos,...
01/02/2022

Quem foi a Maria da Fonte?

«Foi a Maria da Fonte a personif**ação fantástica de uma coletividade de Amazonas de tamancos, ou realmente existiu em corpo e foice roçadoura, uma virago revolucionária com aquele nome e apelido?”

Tal como questionava Camilo Castelo Branco em 1885, essa continua a ser talvez a resposta considerada “para um milhão de €uros” por muitos dos curiosos…

Nas próximas publicações tentaremos “ajudar” a perceber quais as razões ou protagonismo que algumas das "candidatas ao ceptro” granjearam junto dos seus defensores para a almejada “coroação”!

Das muitas dezenas de mulheres que participaram nos diversos episódios da revolução, algumas acabaram por se destacar mais do que outras. Umas são reincidentes outras são simplesmente “anónimas”… mas para a história f**ariam diversos nomes como putativas candidatas!

Umas, de facto, Marias de nome, outras nem isso! Umas foram reais, outras ficcionadas… ajudando, senão todos à construção, pelo menos à solidif**ação, do símbolo em que a "Maria da Fonte" ainda hoje comporta numa simples evocação!

Algumas foram protagonistas reais na Póvoa de Lanhoso, que os documentos atestam e comprovam! Outras apenas personagens de literatura… de 1846 até à atualidade (ainda hoje se escrevem contos e romances baseados na história dos acontecimentos… da Primavera de 1846). A Historiografia temática é imensa…

Sabia que (em 1996) a Universidade do Minho (através da Biblioteca Pública de Braga) publicou um “inventário bibliográfico” temático a propósito da Maria da Fonte?

É verdade!

No âmbito do Congresso “Maria da Fonte – 150 anos” realizado entre 2 e 5 de abril de 1996, o Diretor da Biblioteca Pública de Braga reuniu numa brochura o essencial da historiografia conhecida sobre o tema: "A revolta da ‘Maria da Fonte’ Subsídios para uma bibliografia" - Biblioteca Pública de Braga, por Henrique Barreto Nunes.

Na literatura, do ensaio ao romance, da ópera ao teatro, da música à banda desenhada, da biografia à história… do primeiro… com data do próprio ano de 1846 ao último… que já ali não consta, pois desde então foram dezenas e dezenas de publicações dadas à estampa sobre a temática…

Seria mesmo um trabalho curioso, a atualização dessa bibliografia, com as publicações editadas nos últimos 25 anos… a um dos mais recentes "Maria da Fonte - A Rainha do Povo" de que é autora Maria João Fialho Gouveia (2017, TOP SELLER), que escolhe para sua he***na a "clássica" Maria Angelina...

https://revistas.uminho.pt/index.php/forum/article/view/3277/3282

XIIA Maria da Fonte, um símbolo da Póvoa de Lanhoso para o país!“Muitas Nações grandes e populosas terão que morrer sem ...
29/01/2022

XII
A Maria da Fonte, um símbolo da Póvoa de Lanhoso para o país!

“Muitas Nações grandes e populosas terão que morrer sem deixar herdeiro do seu nome, nem legatário das suas obrigações na terra. Mas nós não podemos morrer, não devemos morrer, enquanto entre nós houver mulheres como agora as vimos, como essas que há pouco surgiram no Norte de Portugal, renovando todas as glórias que pareciam fabuladas, de Aljubarrota, de Díu e Chaúl”

Almeida Garrett
(a 11 de julho de 1846… a propósito da Revolução da Maria da Fonte… nos seus primeiros episódios ocorridos na Póvoa de Lanhoso)

Sabia que José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade, depois de se declarar “vencido” e perfeitamente desiludido com os de...
28/01/2022

Sabia que José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade, depois de se declarar “vencido” e perfeitamente desiludido com os desenvolvimentos da Revolta da Maria da Fonte (como resulta evidente na quadra antes publicada), ainda vai regressar à vida política, surgindo-nos a 4 de julho de 1847 (já após a Convenção de Gramido e a vitória liberal) novamente investido das funções de administrador do concelho para novamente demitir a Comissão Municipal em funções, substituindo-a por uma nova Comissão?

É Verdade!

De facto, e já após o termo da Revolta local, embora continue viva no país a chama revolucionária iniciada na Póvoa de Lanhoso, a “Maria da Fonte” e as mulheres regressam a suas casas com o sentimento de “dever cumprido” (a substituição do Administrador do Concelho… )

Se, de facto, Ferreira de Mello regressa em 4 de julho de 1847 reinvestido da condição de Administrador do Concelho da Póvoa de Lanhoso companhado de um Alvará de Dissolução da Comissão Municipal em funções havia já 1 ano (desde julho de 1846), também é verdade que a nova Comissão por si empossada apenas f**a em funções 4 meses, mercê da realização de novas eleições.

O regresso de Ferreira de Mello, apesar da sua vontade e diligências, passa, mais uma vez, por ser episódico… aproveitando os avanços e recuos da Guerra Civil em curso. Assim, a 18 de novembro de 1847 nova Câmara Municipal toma posse, e em 30 de dezembro do mesmo ano já está em funções um novo Administrador do Concelho…!

Não obstante a Comissão investida por influência de José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade questionar todas as ações determinadas durante o período revolucionário provocado pela Maria da Fonte, colocando mesmo em causa a legitimidade dos que então estiveram em funções (que denominou de “authoridades intrusas”) é notória a sua perca de influência.

A derrota de Ferreira de Mello à eleição de Procurador será a “embaraçosa”, ou mesmo “vergonhosa”, estocada final; senão por outra razão, pelo facto de ter obtido apenas 1 VOTO num universo de 23 possíveis! Talvez apenas o próprio tenha votado em si!!

Este e muitos outros episódios desta história e intérpretes estão disponíveis em “A Póvoa de Lanhoso no Liberalismo – O Administrador do Concelho na Revolução da Maria da Fonte”
https://arquivo.mun-planhoso.pt/_docs/PVLnoLiberalismo_ACnaMF_s.pdf

«Putas Marias da FonteVoltai outra vêz à roca,Limpai o cû ós Mijados,Mettei um c***o na boca.»(…)Sabias que esta quadra ...
21/01/2022

«Putas Marias da Fonte
Voltai outra vêz à roca,
Limpai o cû ós Mijados,
Mettei um c***o na boca.»
(…)

Sabias que esta quadra “poética” foi escrita por José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade (o Administrador do Concelho da Póvoa de Lanhoso, afastado na sequência das lutas das mulheres na Revolução da “Maria da Fonte”, na primavera de 1846), ainda antes do termo da Patuleia, a 10 de Junho de 1847?

É verdade!

Pela leitura da quadra transcrita, claramente se percebe a desilusão e frustração pelo resultado determinado pela ação iniciada pelas mulheres da Póvoa de Lanhoso, que apenas culmina na Revolução a que se segue a guerra civil da Patuleia!

No "poema" (que está transcrito na íntegra em bibliografia já enunciada), onde se revela e confessa desiludido da política, o autor dispara em todas as direções; “Migueis” (defensores da monarquia absoluta, ainda personif**ada na figura de D. Miguel) e “Mijados” (ou “setembristas”, defensores da Constituição de Setembro de 1836)...

A “Maria da Fonte” tinha conseguido, pelo menos alguns dos seus objetivos (a julgar pela forma como o Administrador do concelho sente as suas consequências).

O autor, em face do seu imposto afastamento da ribalta política (local), revela-se em absoluto em face dos resultados e das consequências … com um “lapidar”:

“Obra de Putas, não vinga”!

José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade, que ainda tentará voltar a um trajeto que vinha trilhando, já não será o mesmo, acabando por se resignar… embora se mantenha muito ativo na história política e social da Póvoa de Lanhoso.

Convém recordar, sublinhando, que o autor é o personagem que faz convergir contra si toda uma população que discorda em absoluto da protagonização de um cargo de nomeação, interpretando políticas, representando o Governo da Nação!

Sabia que o Administrador do Concelho (em 1842) DENUNCIOU ao GOVERNO CIVIL o facto da Câmara Municipal da Póvoa de Lanho...
20/01/2022

Sabia que o Administrador do Concelho (em 1842) DENUNCIOU ao GOVERNO CIVIL o facto da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso NÃO LHE PAGAR A GRATIFICAÇÃO (48.000 réis) imposta pelo Conselho de Distrito?

É Verdade!

Os conflitos existentes entre José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade (Administrador do Concelho desde 1841) e as diversas Câmaras Municipais foram-se intensif**ando com o crescente domínio e controlo cabralista, com que o administrador se identif**ava e interpretava na perfeição tal protagonismo.

Quando Ferreira de Mello e Andrade, ainda sem ocupar cargos públicos, participava no Conselho Municipal, ou como Deputado eleito por Fontarcada (freguesia de naturalidade e residência) ou na condição de um dos maiores contribuintes da Décima (o que aconteceu pelo menos a partir de 1838), ele próprio se insurgiu contra a gratif**ação que devia ser paga ao Administrador do Concelho então em funções (recorrendo às receitas municipais, que resultavam maioritariamente das derramas lançadas à população). Ele próprio pede ao Administrador para abdicar de uma parte signif**ativa da gratif**ação devida por lei…

Contudo, quando é investido das funções de Administrador do Concelho, “ESQUECE” esse apelo (que lhe é recordado pela oposição) exigindo que lhe seja paga a legal gratif**ação. Não obstante os apelos da Câmara, o assunto é mesmo levado ao Conselho de Distrito – instância superior e de fiscalização das municipais – que confirma que a Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso deve pagar, independentemente do anterior entendimento do Administrador ou das limitações dos parcos recursos financeiros.

Ferreira de Mello e Andrade continua a não evitar provocar o choque, reclamando o pagamento e denunciando superiormente essa dívida que a Câmara Municipal tem para consigo próprio, o titular do cargo em funções!

Este e outros episódios identicamente evidenciadores do estado de “guerra aberta” entre instituições municipais, através dos seus titulares, somando indicações no que respeita à crescente e generalizada animosidade para com o Administrador do Concelho, além de documentalmente comprovada, pode mesmo ser acompanhada pela leitura das atas das Sessões da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, já publicadas para o período entre 1837-1858:https://arquivo.mun-planhoso.pt/_docs/Livro_Atas_1837-1858_01s.pdf

Endereço

Póvoa De Lanhoso
Póvoa De Lanhoso
4830-513

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