27/11/2014
Óbidos – Vila Natal
Para finalizar a informação histórica sobre as localidades que vamos visitar vamos dedicar o texto ao Castelo de Óbidos, um dos mais belos de Portugal.
Castelo de Óbidos
Erguido sobre um pequeno monte, outrora à beira mar.
Fruto de diversas intervenções arquitetónicas ao longo dos séculos, integra o conjunto da vila, que preserva as suas características medievais.
Classif**ado como Monumento Nacional em 2007 foi eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
Acredita-se que a primitiva ocupação humana remonte à pré-história. Pela sua proximidade da costa atlântica, despertou o interesse de povos invasores da Península Ibérica, tendo sido sucessivamente ocupada por Lusitanos, Romanos, Visigodos e Muçulmanos, atribuindo-se a estes a fortif**ação da povoação, como se constata pela observação de determinados trechos da muralha, com feições mouriscas.
O castelo foi conquistado por D. Afonso Henriques a 10 de Janeiro de 1148.
A torre de menagem foi mandada erigir por D. Dinis em 1325.
O terramoto de 1755 causou sérios danos na estrutura.
O perímetro das muralhas, reforçadas por torres de planta quadrada e cilíndrica alcança 1565 metros. Em alguns trechos, as muralhas elevam-se a 13 metros de altura.
O acesso é feito por quatro portas e dois postigos, destacando-se a Porta da Vila ou Porta de Nossa Senhora da Piedade.
O Pelourinho da vila, erguido em granito apresenta numa das faces o escudo com as armas reais e noutra face o camaroeiro de Dª. Leonor, que esta rainha doou à vila em memória da rede em que os pescadores lhe trouxeram o seu filho morto num acidente de caça.
O aqueduto da vila com uma extensão de 3 km foi mandado construir pela rainha Dª. Catarina da Áustria, esposa de D. João III e transportava a água que abastecia os chafarizes de Óbidos.
O Cruzeiro da Memória construído em comemoração da tomada de Óbidos aos Mouros por D. Afonso Henriques, assinala o local onde este montou acampamento antes de conquistar a vila.
Os obidenses, outrora conhecidos como “toupeiros”, conforme uma tradição local devem este apelido à construção de uma extensa rede de túneis sob as antigas muralhas, que permitiam o reabastecimento nos campos envolventes do castelo quando sob assédio.