17/01/2022
Pelos sítios que conhecemos, calha sempre bem aquecer o corpo e a alma com uma sopinha.
"Não, agradecia muito ao Fidalgo, mas nessa tarde comia as sopas com o genro nos Bravais, que era festa pelos anos do netinho.
— Bravo! Parabéns, Pereira amigo! Dê lá um beijo meu ao netinho... Mas então ao menos um copo de vinho verde.
— Entre as comidas, meu Fidalgo, nem água nem vinho.
Gonçalo farejara, arredara os ovos. E reclamou o "jantar da família", sempre muito farto e saboroso na Torre, e começando por essas pesadas sopas de pão, presunto e legumes, que ele desde criança adorava e chamava as palanganas."
QUEIROZ, Eça - A Ilustre Casa de Ramires, Obras Completas de Eça de Queiroz, Vol. II, Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar S.A., 1997, pág. 262