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30/01/2025
Em outubro de 2019, seguimos uma pista sobre vulcões na América Central. Na bagagem, tínhamos a promessa de erupções a cada dez minutos, mas a verdade é que ninguém sabia ao certo o que esperar.
De lá pra cá, a real é que, economicamente, só nos ferramos na . Durante os quatro primeiros grupos, realizados ao longo de três anos, foi só prejuízo para a conta da firma. Basicamente, trabalhamos de graça. De quebra, ainda tivemos que aturar outras agências e influenciadores querendo surfar na nossa onda e propondo esse destino oculto, agora que já havíamos percorrido o caminho das pedras.
Entretanto, essa é uma das vantagens da La Ruta Madre: ser composta 100% por parafusos soltos, incapazes de negar diversão pelo simples fato de consagrar algo absolutamente improvável e, com isso, contar uma história memorável.
A Guatemala é o exemplo prático disso: um destino que insistimos em propor porque sabíamos que, por aí, existem diversos outros malucos que também serão tocados pela ideia sem pé nem cabeça de se aproximar de um vulcão em erupção. Em cada um dos que toparam nas turmas iniciais, vimos uma loucura roubada e uma euforia que dificilmente saberíamos explicar. A Guatemala forja, dá um tapa de realidade, injeta suco de entusiasmo nas veias e te devolve diferente para casa.
Que nos desculpem outros destinos, mas tem que ter muito sangue nos olhos e desejo de vida para encarar isso.
E nada nos move tanto quanto trampar para reunir uma trupe de delinquentes que vê nessa proposta o mesmo que nos fez insistir tanto nesse destino: sentir-se vivo, especialmente no olho do furacão.
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