07/02/2023
Café com desenho
Me formei em licenciatura em artes visuais, mas fiz uma primeira graduação incompleta em design. Cheguei a atuar 10 anos na área de design gráfico, mas com a conclusão da licenciatura optei pela trajetória acadêmica, tendo feito mestrado e doutorado em Antropologia Social. Hoje sou professora universitária.
Nasci no meio de uma floresta parecida com a do sítio Regato dos Pirilampos, no interior de Minas Gerais. A cidade, que tinha se chamado Ventania, teve seu nome mudado para Alpinópolis. Sou alpinopolitana, sou dos alpes mineiros, gosto de complementar brincando.
No final de 2013, comecei uma pesquisa sobre meus avós alemães. Para isso, fui até a Itália, onde morava a irmã de minha avó. Cheguei em Florença e aluguei um carro. Ela morava em uma das muitas cidades medievais da Toscana. Quando entrei no meio da floresta, pela primeira vez na minha vida, tive vontade de sair do Rio de Janeiro e ir morar no meio da natureza. Voltar às origens, por assim dizer.
Durante os dois primeiros anos da pandemia, desenvolvi uma oficina online de desenho que foi ganhando reconhecimento entre os antropólogos que pensam e usam o desenho como recurso de pesquisa. A intenção nunca foi ensinar ninguém a desenhar, mas despertar o gosto pela prática do desenho, assim como diminuir as avaliações críticas sobre nós mesmos. Se desenhamos com gosto até os 5 anos de idade, depois disso começamos a parar por causa das demandas externas por desenhos realistas. Com isso vamos perdendo o costume do que pode ser uma atividade prazerosa e útil em diversas situações. Adoro sentar para desenhar as várias coisas que o sítio oferece. Venha tomar um café e desenhar comigo!