26/03/2020
"É triste ver como Nova York, considerada por muitos como a capital do planeta, está aquém de metrópoles asiáticas para enfrentar a pandemia. Até pouco tempo atrás, seria impensável imaginar que Seul, Cingapura e Xangai, quase tão densas como a maior cidade americana, tivessem estruturas mais avançadas do que a mais rica cidade dos Estados Unidos, maior economia do mundo e mais poderosa potência da história da humanidade.
No 11 de Setembro, foi distinto. Nova York foi pega de surpresa por um gigantesco atentado terrorista. Nenhum lugar do mundo estaria preparado. E o renascimento da cidade foi impressionante e veloz, incluindo a construção de um novo prédio onde se localizavam as antigas torres do World Trade Center. Agora, dava para a cidade ter mais condições de enfrentar a epidemia. Há décadas especialistas advertem sobre o risco e uma série de estudos indicavam sobre os devastadores estragos que poderiam ser causados por um vírus como o novo coronavírus. Mais uma vez, veja Seul e Cingapura, que se preveniram. Nos EUA, muito pouco foi feito.
Não podemos descartar a possibilidade, ainda que remota, de Nova York passar relativamente ilesa pela crise, sem saturamento das UTIs e sem pacientes morrendo na porta de hospitais pela falta de respiradores para os manter vivos. Era, no entanto, para a cidade estar preparada como as grandes metrópoles asiáticas. Nova York, que pode ser a Aleppo da era do coronavírus, simboliza como os EUA, além de não estarem no liderança global no combate à pandemia, se enfraqueceram como potência que deva servir de exemplo"
O combate ao novo coronavírus tem sido comparado a uma guerra e, em conflitos armados, nem todas regiões dos países envolvidos sofrem na mesma esc...