26/05/2023
Por volta do ano de 1900, teve início a imigração de colonos de origem alemã, situados em "terra fria" (Região de Santa Leopoldina) para as regiões de altitude mais baixa (Rio Guandu e Santa Joana).
Os imigrantes eram geralmente pessoas jovens, que esperavam encontrar na "terra quente" melhores condições de vida, pois comentava-se que essas terras eram abundantes e férteis, além de bem servidas por rios.
Em 1908, os irmãos Seibel estiveram em Laranja da Terra a fim de conhecer a região. Eles eram descendentes de uma família procedente de Rheinhenssen, Alemanha, que imigrou para a região de Rio Farinha, Santa Leopoldina, em 1864.
Em fevereiro de 1910 instalou-se no local, Wilhelm Seibel, o primeiro colono de origem alemã, que até então morava em Alto Santa Joana. Depois vieram seus irmãos Ernest e Nicolau, Karl, Gustav, Julius e Emil. Assim, com a vinda de uma família inteira, teve início em Laranja da Terra, a colonização de descendentes de origem alemã.
Após os Seibel, vieram para Laranja da Terra, outras famílias de colonos, em sua maioria pomeranos, provenientes de Santa Maria de Jetibá, Jequitibá e outras localidades do Município de Santa Leopoldina. Passados dois anos havia em Laranja da Terra cerca de 40 famílias.
Antes disso, em 1870, ainda sob a jurisdição do Porto do Cachoeiro de Santa Leopoldina, ao fazerem a medição de terras e chegando perto de um córrego, depararam-se com um pé de laranja de uma variedade muito rústica. Convencionou-se que se tratava de um pé de laranja da terra. A partir daí o córrego recebeu este nome, mais tarde o distrito e, por último, também o município recebeu este nome.
Em junho de 1915, a comunidade luterana inaugura a sua 1ª capela, de construção simples, sem torre nem sino. Consta que nesta época, era proibido por lei, que igrejas protestantes construíssem templos com torres.
Em 1929, era então inaugurada a nova igreja, de construção mais sofisticada, com altar, pia batismal, torre e sino. É mais ou menos desta época a construção da Igreja Católica. Existiam, até então, duas casas de comercio e cinco residências. Uma única rua margeava o rio sendo parte da estrada para Sobreiro.
Em 1935, foi feita uma demarcação, situando a rua principal onde hoje está localizada. Por esta época foram instalados o cartório e outros serviços como a coletoria. Não existiam ainda escolas e postos de saúde. As professoras lecionavam em casas cedidas pela comunidade. Alguns anos mais tarde era construída uma escola com três salas separadas.
Criado com a denominação de Laranja da Terra, pela lei estadual nº 1012, de 30/10/1915, subordinado ao município de Afonso Cláudio.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Laranja da Terra figura no município de Afonso Cláudio.
Assim permanecendo em divisão territoriais datada de 31/12/1936 e 31/12/1937.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito figura no município de Afonso Cláudio.
Em divisão territorial datada de 01/07/1960, o distrito de Laranja da Terra permanece no município de Afonso Cláudio.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01/07/1983 (suplemento).
Em 16 de maio de 1988 Laranja da Terra se torna o 62º município capixaba a se emancipar.