21/05/2017
Boa noite a todos.
Hoje a Chácara Santa Inêz vai falar não da RPPN, mas de outra atividade que fazemos aqui e que, certamente, nos dá muito orgulho a satisfação.
Eu, químico e minha esposa, a Minuca, pedagoga, há mais de 15 anos recebemos alunos de escolas do Rio e de São Paulo para realizar palestras sobre os seguintes temas: física, química e biologia, aplicadas na produção de cachaça; criação de caramujos para a erradicação da esquistossomose e “A trajetória da cachaça inserida na história do Brasil.”
Quando ainda produzíamos cachaça, as palestras sobre física, química e biologia eram aplicadas sobre conceitos aprendidos em sala de aula, mostrando na prática como se aplicavam os conhecimentos adquiridos dos professores. Assim mostrávamos, por exemplo, a moenda: como funciona e as forças que atuam no equipamento (física); as dornas de fermentação: o processo fermentativo, seus controles, suas reações e seus produtos (biologia e química); o destilador: qual o princípio da técnica de destilação, a separação dos componentes e a produção do etanol;
Como paramos com a produção da cachaça, hoje estas matérias, sempre dentro do mesmo conceito que é o de aliar os conhecimentos adquiridos em sala de aula à sua aplicação prática de nosso dia a dia, foram aplicadas à produção de queijos. Então mostramos a composição do leite, a necessidade de se pasteurizar esta matéria prima, quais os conhecimentos e cuidados que deve se ter com esta pasteurização, as enzimas que podem ser utilizadas para a coagulação das proteínas, a formação do gel, a separação e utilização do soro para outro tipo de queijo e as forma de salga, a cura ou “afinage”.
Na apresentação da criação dos caramujos, projeto em parceria com a FIOCRUZ/ Instituto Renê Rachou, o técnico da SUCEM que realiza as palestras, mostra todas as etapas de vida dos caramujos e como se dá sua aplicação na erradicação da esquistossomose.
Já na palestra da Minuca sobre a cachaça, ela aborda como era a produção da cachaça desde 1560, passando pelos 1º e 2º reinados, sua força econômica, apogeu, derrocada por conta da abolição dos escravos, e seu redescobrimento até os dias atuais.
Então, quarta feira dia 10, recebemos os alunos do Colégio Emilie de Villeneuve, de São Paulo, com seus 45 alunos e 8 professores, e ontem, dia 20, recebemos os alunos Colégio Cruzeiro, do Rio de Janeiro, com seus 110 alunos e 13 professores.
As fotos que seguem, não são de um festival de degustação de queijos e vinhos, mas os queijos que foram apresentados na exposição didática e oferecidos ao grupo, acompanhados de goiabada feita pela Minuca (aquela mesma da goiaba do Globo Rural).
Todo este trabalho de receptivo educacional é realizado com antecedência mínima de quatro semanas antes de cada evento, mas acreditem: carregam nossa baterias para cada vez mais estarmos pensando em como melhorar nossa condição de transmissores de conhecimentos adquiridos em nossa vivência profissional.