29/08/2020
VAMOS ESTUDAR JUNTOS O CAPÍTULO 15 DE 1ª CORÍNTIOS.
O capítulo é longo, mas a leitura é dinâmica.
Um comentário ao capítulo 15.
Me dê seu tempo e meditemos juntos.
Paulo começa o capítulo 15 recapitulando o evangelho que já havia pregado, e que o povo já havia recebido e o mantinha em perseverança.
Traz a memória a salvação alcançada pela genuína pregação e fé, se esta não for vã.
O evangelho salva quando é puro e genuíno, quando é conforme Jesus é, e conforme os apóstolos pregaram.
Paulo afirma que o que ele entregou também recebeu, e sua pregação não era uma invenção sua, mas uma transferência descendente do testemunho verdadeiro.
Então Paulo a partir do versículo 3, decide revelar as maiores doutrinas da fé cristã, aludindo para Morte de Jesus, que se deu pelos pecados em cumprimento as escrituras. A morte do Encarnado.
E nos remete a outra grande doutrina que é a Ressurreição, que também é segundo as escrituras. Paulo faz questão de enfatizar que a morte e a ressurreição não foram eventos acidentais, mas cumprimento das escrituras.
A Morte é segundo as escrituras.
A Ressurreição é segundo as escrituras.
A Cruz e a Sepultura são marcas da nossa vida em Cristo Jesus. O que nos seria vergonha, é nossa maior glória, e ninguém nos pode roubar tal vergonha, pois nos despojaria das glórias da nossa fé.
Paulo então faz recurso as testemunhas oculares da ressurreição destacando Pedro como primeiro na lista onde ele mesmo "Paulo", era o ultimo a ver Jesus vivo.
Ele apareceu a Pedro, depois a mais de 500 irmãos de uma vez, e Paulo diz que a maioria destas testemunhas oculares da ressurreição de Jesus ainda estavam vivas, embora alguns já dormissem no Senhor, e continua a revelar que depois apareceu a Tiago, e em seguida a todos apóstolos, e por fim a ele como quem nascia fora do tempo, e sendo ele indigno para ser apóstolo por matar cristãos, mas pela graça, ele não só foi feito no que se tornou, mas fez mais do que aqueles que encontrou, e somente pela graça e não de si mesmo. O menor apóstolo é feito maior dos apóstolos. E Jesus mesmo disse, quem quiser ser o maior, será menor de todos. E Paulo, a si mesmo se via menor.
Paulo então decide mostrar que a pregação era única, não importando quem pregasse. Quem prega deve pregar o que todos pregam. Todos pregavam a mesma fé. A pregação da ressurreição dentre os mortos era unânime na igreja e em seus apóstolos. Não há pontos divergentes nesta mais importante verdade da fé: CRISTO MORREU E RESSUSCITOU.
Não há pontos de vista, mas uma vista em um só ponto.
Paulo então questiona porque havia entre eles alguns que criam de forma grega, que duvidam que houvesse ressurreição dentre os mortos?
A filosofia grega, greganjeava espaço na mente de alguns tolos, e criam que a vida termina com a morte, e que o corpo nada valia, e a alma era imortal, e que na morte a alma se livrava da inferioridade e da materialidade para uma vida sem mais corpo. Dualismo.
Apartir do versículo 12, então, se rebate e se deduz, que, se não há ressurreição de mortos, então, o assunto era mais grave, não era apenas uma dúvida para com o que seria, mas um descrédito ao que foi, e não se estava apenas a anular o futuro dos cristãos, mas estava a se duvidar de Cristo em sua ressurreição. Se não há ressurreição, Cristo não ressuscitou, e se Cristo não foi ressuscitado, duas coisas são vãs:
1. A NOSSA PREGAÇÃO (A pregação cristã só é válida se Cristo ressuscitou. Quando Cristo morreu, não ordenou ninguém a pregar, mas quando ressuscitou disse: "ide e anunciai", "ide e pregai"...)
2. A VOSSA FÉ (a fé cristã só é válida se ela estiver assente na justif**ação. E não há justicação, senão na ressurreição daquele que foi morto. A ressurreição é a aceitação da morte).
Se a mansagem da ressurreição, todo pregador é vão, e todo crente é vão!
Não importa quão eloqüente somos, mas somos mentirosos se Cristo não reviveu. Ímpios viram Jesus a morrer, mas só os irmãos O viram vivo e ressuscitado.
ELES ACUSAM A VERDADE,
MAS PAULO CONDENA A ACUSAÇÃO.
Paulo segue o caminho da dedução para chegar a uma conclusão. Eles não podiam crer na causa, a duvidar do efeito; ou se crê por inteiro ou se duvida por inteiro.
Paulo quer com isso condenar a acusação, e automaticamente os acusadores.
Se os filhos não vão ressuscitar, O Filho não ressuscitou, e se os servos não vão ressuscitar, o Senhor não ressuscitou.
É impossível crer que Cristo foi ressuscitado, se não cremos que nós também seremos. Nossa confiança deveria aumentar ao termos amostra viva desta gloriosa experiência do qual centenas participaram como testemunhas.
SE A FÉ É VÃ, AINDA SE ESTÁ EM PECADO.
Paulo então continua a rasgar todas possibilidades.
A possibilidade da fé vã, era que se só pudéssemos viver Cristo nessa vida, sendo ainda assim proveitosa, seríamos miseráveis.
Mas Paulo então mostra que seriamos os piores homens, os mais miseráveis e mais tristes, se Cristo só fosse para nós nessa vida. O peregrino sofre muito nesta vida, e pior, para ele seria saber que seu destino é o caminho. Mas não é verdade, a vida não é só aqui, aliás, a vida não é plena aqui.
Então aprendemos que Cristo é as primícias, o primeiro fruto, a primeira remessa de todos que hão de ressuscitar.
Paulo aprofunda a doutrina, mostrando "A queda e o plano da Redenção.
1. POR UM HOMEM, A MORTE
2. POR UM HOMEM, A RESSURREIÇÃO
Adão trouxe a morte, e Cristo trouxe a ressurreição dos mortos.
Em Adão todos morrem, mas em Cristo todos são vivif**ados.
Após a comparação, Paulo mostra a ordem da ressurreição, tendo Cristo como as primícias, e depois dos que são de Cristo na Sua vinda.
"Paulo remete sua tese ao passado da queda, traz o presente da redenção, mas aponta para o futuro da glorif**ação".
Ele vai pegar Adão e sua morte, revela Jesus e sua ressurreição, e nos mostra os ressurretos e sua glorif**ação.
Mas o apóstolo mostra a ordem:_
Ordem da ressurreição
1. Jesus Cristo as primícias dos que ressuscitam
2. Os que são de Cristo na sua vinda
Quando a ressurreição que começou em Jesus, terminar em nós, chegou o fim. O fim não é a morte, o fim é a ressurreição.
"A morte mata a vida, mas a ressurreição mata a morte".
O fim chegará com a consumação dos ressurretos, e o Reino do Pai.
TRÊS COISAS O FILHO VAI DESTRUIR
1. VAI DESTRUIR TODO DOMÍNIO.
2. VAI DESTRUIR TODA AUTORIDADE.
3. VAI DESTRUIR TODO PODER.
Jesus é Rei, e o Pai lhe deu poder para reinar e colocar todos inimigos debaixo de seus pés, dos quais a morte é o ultimo inimigo; n'Ele a morte não tem mais poder, pois já foi vencida, e em nós a morte também não tem poder e será vencida.
Paulo segue sua tese, trazendo as escrituras à luz, sendo escritura luz aos que lêem com luz; e as escrituras revela que todas as coisas lhe sujeitou aos seus pés, e quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, o próprio Filho, se sujeitará a aquele que todas coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. O PAI DEU TUDO À JESUS, E JESUS DARÁ TUDO AO PAI.
Paulo então, no versículo 29, entra pela porta da ironia e pergunta: como se farão aos que batizam pelos mortos, se os mortos não ressuscitam?
Paulo aqui não aprova o batismo pelos mortos, mas pergunta a lógica destes batismos, se a ressurreição não existe?
A prova de que este batismo não é para nós, é que Paulo usa a terceira pessoa do plural (eles).
E Paulo então pergunta, e nós que nos expomos também aos perigos a toda hora, como f**a se não há ressurreição?
Paulo então diz que morre todos dias, pela glória que tinha em Cristo, pelo zelo pelos irmãos.
Paulo diz que em Éfeso combateu feras, e tudo isso seria vão se não houvesse ressurreição. Melhor seria comer e beber se não houver ressurreição, porque de qualquer jeito, morreremos amanhã; não haveria diferença entre a vida do crente e do ímpio, apenas com diferença que o ímpio seria menos miserável.
Paulo então exorta, que o meio grego, a má companhia e conversações, corrompiam o costume de crer, de confiar e de esperar no Senhor.
Feche os ouvidos para conversas corrompedoras. O peixe morre pela boca, mas muitos crentes morrem pelos ouvidos. Ouvido aberto de mais corrompe o coração.
Paulo exorta para não pecar mais, ao entender a justiça, e a justiça é o conhecimento de Deus que muitos ainda não têm. Isto é vergonhoso para crentes, não conhecerem seu Deus.
Paulo responde a mais uma possível questão lógica e tola.
Paulo chama de insensatez, não ouvindo a pregação da própria natureza. Na natureza, o que se semeia, não é vivif**ado se não morrer. A morte é processo natural da ressurreição.
O que há de nascer deve morrer, o mais simples grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente morre enterrado antes de germinar.
O corpo é uma semente que precisa morrer, para ter o corpo que Deus lhe vai dar por sua vontade dar.
Paulo no versículo 39, diferencia a carne e os classif**a.
1. CARNE DOS HOMENS
2. CARNE DOS ANIMAIS
3. CARNE DAS AVES
4. CARNE DOS PEIXES
Assim, a as carnes da mesma natureza diferem em tipos, também há diferença entre o corpo celeste e o corpo terrestre.
O que morre terrestre, renasce celeste.
Então o apóstolo usa outra metáfora para mostrar a diferença de glória entre o terrestre e o celeste, e aponta os olhos da reflexão para o céu atmosférico e nos mostra que:_
1. Uma é a glória do Sol
2. Outra é a glória da Lua
3. Outra é glória das Estrelas
4. Uma é a glória de cada Estrela.
Então a ouvir os exemplos da natureza criada por Deus, sabemos que este Deus tem uma glória ainda por revelar a nós. A glória da ressurreição daqueles que mesmo semeados em vergonha, ressuscitam em glória, semeando em fraqueza, colhem em força, que semeando o corpo animal, colhem o corpo espiritual.
E o apóstolo recorre as escrituras, para dizer, que o primeiro Adão é alma vivente, mas o ultimo Adão é espírito vivif**ante; o primeiro é animal e não é espiritual, o segundo é espiritual; o primeiro homem é da terra, e consequentemente terreno, e o segundo é do céu e celestial. Assim como o da terra gerou os terrenos, o do céu gera os celestiais, e nós trazemos no corpo a glória do terreno, mas na ressurreição traremos a glória do celestial também.
No versículo 51, se revela o mistério: Nem todos morrerão, mas todos serão transformados. Nossa expetativa de transformação deve ser maior que o medo de morte, pois nem todos morreremos, mas todos seremos transformados.
Isso sai da esfera humana para o campo do mistério, que não encontra na humanidade parábola que exemplifique com proximidade possível.
A transformação será de uma realidade estranha à nós, pois será repentina ao som da última trombeta, quando os mortos que ouvirem serão ressuscitados e os vivos serão transformados.
"Os que estiverem mortos em Cristo descerão com Ele, mas os que estiverem vivos n'Ele, subirão ao encontro de seu Senhor". Que lindo!
Neste dia, o corruptível se revestirá de incorruptibilidade, o mortal de imortalidade, e a promessa se cumprirá:_A morte morreu, a vitória venceu.
Paulo então grita na cara da morte: _onde está oh morte o teu aguilhão?
O Aguilhão da morte é o Pecado
A força do pecado é a lei.
Cristo cumpriu a lei toda como ninguém podia, e deu graça aos seus, com os benefícios da Sua obediência.
Portanto, sede firmes e constante e sempre abundante na Obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
O trabalho pode parecer vão aos homens, mas não é no Senhor, pode ser vão no pastor, nos irmãos, na família e na sociedade, mas não é vão no Senhor. Se é ao Senhor que servimos, é do Senhor que esperamos recompensas.
Ele que vai retribuir o que cada um fez no corpo, é fiel, e Ele tem em conta as obras de cada um, se de palha, feno, cobre, prata, ouro. Sê firme. Amém
Se chegou até aqui, parabéns.
MARQUE QUEM GOSTA DE LER.
Sadrak Manuel Lufuankenda