Cidade de Areia

Com conteúdos referentes à história, pontos turísticos, filhos ilustres, engenhos, artistas locais e mensagens reflexivas. XVII, quando já em 1625 a localidade, então conhecida como Sertão dos Bruxaxás, numa alusão à tribo Bruxaxá, um ramo da grande nação Cariri, constituía um povoado. Posteriormente esse povoado foi elevado à condição de vila, com o nome de Villa Real do Brejo de Areia. Situada n

a vertente oriental do Planalto da Borborema, a uma altitude superior a 600 metros, a cidade de Areia apresenta um clima agradável o ano inteiro. No inverno as temperaturas baixam consideravelmente, atingindo cotas em torno de 12 ºC, o que é considerada baixa temperatura para os padrões tropicais e nordestinos. A localização estratégica do município oferece não apenas o privilégio de se ter um clima agradável, mas proporciona também um quadro cênico natural, formado por paisagens tão belas que tornam Areia um dos lugares mais bonitos do interior do Brasil. Nesse cenário de natureza pródiga, a cidade foi construída, ao longo dos últimos séculos. Areia é a terra do pintor Pedro Américo, do escritor José Américo de Almeida e do Padre Azevedo, inventor da máquina de escrever e de tantos outros filhos ilustres. Com cerca de 30 mil habitantes, a cidade localiza-se a 120 quilômetros da Capital, João Pessoa, sendo bem servida por estradas asfaltadas. Outro patrimônio inestimável da cidade de Areia é o seu acervo cultural e arquitetônico. Conhecida como "Terra da Cultura", Areia sedia o primeiro teatro construído no estado da Paraíba, o Teatro Minerva, edificado em meados do Séc. XIX, por famílias nobres locais. Daí a expressão original: "Theatro Particular" gravada em seu frontispício superior. Aqui também foi criado o primeiro curso superior da Paraíba na então Escola de Agronomia do Nordeste, que posteriormente veio a originar a atual Universidade Federal da Paraíba. O município de Areia detém um fabuloso conjunto arquitetônico, tanto urbano como rural, formado por igrejas, museus, prédios públicos, fazendas e engenhos que fabricam rapadura, açúcar mascavo e suas famosas cachaças. Na área urbana destaca-se o casario do Séc. XIX, conservado como bem poucos no Brasil. Todo esse cenário natural e humano, artisticamente elaborado, levaram o IPHAN a transformar Areia em Patrimônio Histórico Nacional. As origens do Município de Areia retroagem a 1625 segundo alguns historiadores, com a chegada do Português Manoel Rodrigues. Outros estudios dão conta de que o local teria sido desbravado pela expedição de Elias Herkmamn. Entretanto, a versão mais aceita é a que dá conta do desbravamento da região por um grupo de portugueses, entre eles, um conhecido como Pedro Bruxaxá, alcunha recebida pela aproximação que manteve com os índios habitantes do local. Chegando ao dorso da Serra da Borborema, avistou os férteis vales das redondezas e resolveu ali permanecer, construindo a sua moradia definitiva. Fundou ele uma feitoria que ficou conhecida como “POUSO BRUXAXÁ”, depois simplificou para “BRUXAXÁ”. Ali era pouso obrigatório de tropeiros e boiadeiros que demandavam o Brejo Paraibano. Dada a existência de um riacho, cujo leito era constituído por uma areia alvíssima, e considerando o abrejado de seus vales, passou então, a denominar-se de Brejo de Areia e logo depois simplificado para Areia. A data da Emancipação Política do Município é 18 de Maio de 1846. Entre as datas importantes está o dia 03 de Maio de 1888 quando todos os escravos do município foram libertados através de uma campanha encetada pelo abolicionista areiense “ Manoel da Silva e o poeta Rodolfo Pires”. Areia é o berço de muitos paraibanos ilustres que ajudaram a construir a história do Nosso Estado e do Nosso Brasil. Destacam-se: José Américo, Pedro Américo, Álvaro Machado, Tito Silva, Manoel da Silva, Dom Adauto de Miranda, Coelho Lisboa, João Machado, Horácio de Almeida, Mons. Walfredo Leal, Rodolfo Pires e Ábdon Milanez, entre outros.