29/05/2024
Recife 20/09/1989 Mensagem de despedida 2/3.
Por este Planeta passei, nele aprendi e ensinei...
Quem sou, quem fui, quem serei ?
Sou aquele que tentou, errou, caiu e levantou...
Procurei e encontrei, pedi e recebi, sem exigir algo em troca ajudei, tentei, tentei, tentei, acertei, errei caí e levantei...
Tento, ajudo, procuro, resolvo, descubro, NÃO desisto, faço e SEMPRE farei, porque:
Tenho muita força, uma longa história e um bom coração...
Com muita energia, lembro das vidas que fiz, das que tirei e das vidas que vivi, das vezes que fui traído e as torturas que sofri...
Os horrores das guerras presenciei, a PAZ cultivei, o perdão multipliquei, não esqueço os gritos que ouvi e as dores que senti...
Muitas vezes fui detido, correntes quebrei, várias vezes fugi, minhas forças o tempo multiplicou, muralhas atravessei, do espaço detalhes desse Planeta observei, no fundo do mar morei, no gelo não congelei, o fogo atravessei, no rabo do cachorro pisei, livre continuo minha caminhada em busca das almas que escolhi...
Nas fogueiras, nas forcas, nas espadas e até na cruz a morte encontrei, meu nome é:
Antonio da CRUZ...
Mil vezes me mataram e nunca morri...
O que vejo você não percebe, o que escuto você não ouve, o que sinto vocês não sabem e o que faço vocês não entendem...
Meus olhos de Lince veem tudo, leio teus pensamentos, não tentem me deter, tenho a natureza como aliada, nela encontro minhas forças, minhas espadas, meus escudos e meus companheiros...
Sei a luz que me guia, sou imune ao teu veneno, registrado no SISTEMA sei que em tudo hoje sou monitorado, ciente que sou vigiado a tecnologia engano, séculos vão passando rastros vou deixando e minhas histórias escrevendo...
Em Pernambuco a água do São Francisco bebi, aprendi os segredos das luzes, dos sons e dos números, contas fiz, equações resolvi, códigos decifrei, letras e números juntei, valores multipliquei, em Salvador a mão da Irmã Dulce apertei e no livro dos segredos meu nome assinei, em Campina Grande um cego me ensinou como me defender das armadilhas na escuridão, o oxigênio da AMAZÔNIA respirei em Santarém e na Ilha do Marajó os índios me ensinaram os segredos das florestas, fiz de tudo, lembro de tudo, sou tudo e nada tenho, tudo que aprendi te ensinarei se você me permitir...
Nas esferas das vidas muitos símbolos conheci, muitas Victórias encontrei, sei que sou seguido mas meu destino não mudarei, em vida deixei meus rastros, nas pedras escrevi, com a régua risquei a reta infinita dos meus limites e com o compasso a espiral da evolução desenhei, na velocidade da luz me transporto, unindo o futuro ao passado, vejo o começo e o fim...
A Arte me alimenta, em teu Planeta não sou o que você é, não escrevo o que gostas, os códigos não revelarei fora do tempo certo, não adianta me prender nem me matar, quando me matam meus pensamentos e palavras fluem no vento, repito mil vezes me mataram e nunca morri, o sangue derramado e as lágrimas que vi, levo em minha memória e não desejo a ti porque só eu sei o sofri, sofro e sofrerei...
Marketingman nasceu...
Marketingman mataram...
Marketingman sumiu...
Marketingman apareceu...
Marketingman foi...
Marketingman é...
Marketingman voltou pra ficar...
Não sou eles...
Sou ele.
Um dia percebi que eu não era eles, era apenas eu mas agora descubro que sou eu e eles, NUNCA ANDO SÓ.
Desejo a vocês muita saúde, justiça, PAZ e muitas sementes
Sou Antonio da CRUZ o Marketingman, quem é você ?
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