23/11/2020
Na estreia do Negócio de Mulher, trazemos a história da Juliane Correia, natural da cidade de Ponta Grossa-PR, que atualmente reside em Curitiba e que na mesma cidade, luta todos os dias para sobreviver do empreendedorismo.
Juliane teve seu primeiro contato com a tatuagem através de seu irmão, que também trabalha como tatuador há anos em Ponta Grossa, e que foi a sua grande inspiração para começar a tatuar.
Em outubro de 2017 ela comprou sua primeira máquina profissional de tatuagem, e com muita dedicação, começou a treinar seu traço em peles artificiais. Nessa época, Juliane trabalhava em uma empresa de telemarketing, onde conheceu muitas pessoas que a incentivaram a melhorar seu traço, umas até fizeram tatuagens com ela para que a mesma tivesse a experiência em pele humana e assim, começasse a montar um portfólio.
Entre amigos e colegas de trabalho, Juliane foi melhorando significativamente seu traço, com isso, tomou coragem de sair da empresa de telemarketing e foi trabalhar em um estúdio de tatuagem. Mas para chegar a decisão de sair de um emprego CLT e ir trabalhar por conta teve inúmeros medos e dúvidas, e o que mais a preocupava era se iria conseguir se manter e pagar o aluguel de sua casa.
Além disso, no meio de tantas preocupações, veio a ter problemas com preconceito e machismo. Ouviu coisas do tipo, “homem tatua melhor que mulher”, “você está brincando de desenhar em pessoas”, “mostrei seu trabalho para outros profissionais e nem te conto o que disseram”... Coisas que com certeza fariam qualquer pessoa desanimar e até pensar em desistir, mas ela fez disso seu degrau para subir cada vez mais e alcançar o que desejava, ser profissional no que ama fazer e ser reconhecida pelo seu trabalho.
Após poucos meses trabalhando no estúdio, surgiu a oportunidade de ir para outro espaço e ela não pensou duas vezes, o que ela mais queria era novos desafios. Nesse outro espaço ela cresceu muito, fez novos clientes e estava cada vez melhor, descobrindo novas técnicas e seu estilo de tatuar. Porém sem esperar, ela precisou deixar o espaço e o medo novamente surgiu. Como toda empreendedora em uma situação complicada, ela teve que buscar outras alternativas, e foi aí que ela alugou seu primeiro espaço e criou sua marca, começando a caminhar sozinha.
Hoje, após 3 anos desde que adquiriu sua primeira máquina, ela tem seu próprio estúdio e suas clientes fiéis, e cada dia que passa mais pessoas a procuram interessadas em seu trabalho. Neste momento de pandemia, a Ju continua trabalhando seguindo todos os protocolos exigidos, redobrando os cuidados com a higienização do seu local de trabalho e limitando a entrada de pessoas (apenas quem vai tatuar).
Essa é uma história de empreendedorismo feminino que adoramos contar aqui. Queremos mostrar para nossas seguidoras que mesmo diante das dificuldades que aparecem, é possível realizar nossos sonhos e trabalhar com aquilo que nos faz feliz.
Obrigada, Juliane por compartilhar conosco a sua história e a sua batalha. Desejamos sucesso sempre!