Dia da Baiana de Acarajé – dia 25 de novembro
POR ELIANA BAIANINHA DO ACARAJÉ DE DIADEMA – 25/11/2011
PUBLICADO EM: COMIDA BAIANA, CULTURA E ARTE
Há treze anos o Dia da Baiana de Acarajé faz parte do calendário de homenagens oficiais da Bahia, agora passa a ser nacional. Segundo a Revista de História da Biblioteca Nacional, as primeiras baianas de acarajé foram africanas, escravas alforriadas, ai
nda na época do Brasil Colônia. O acarajé, na sua origem só poderia ser vendido pelas filhas de santo de Iansã ou Santa Bárbara mesmo que seja de outros Orixás mais se o dejuntó é Iansâ está abto a preparar o Acarajé ou se o seu selador ou seja o sei pai ensinar, pagando a licença para o Orixá autorizando ao seu filho comercializar ou não . A massa de bolinho de feijão fradinho, cebola e sal, frita no azeite de dendê- era feita no próprio terreiro de onde a baiana saia com todas as obrigações a serem cumpridas a seu Orixá. Hoje, a venda do acarajé tornou-se um importante comércio, com cerca de quatro mil baianas espalhadas por vários pontos fixos que se tornaram verdadeiros pólos de atração turística e gastronômica,sem que aja uma ponte com o candomblé. A figura da baiana de acarajé ficou imortalizada no imaginário popular brasileiro graças à divulgação feita por três importantes personalidades da cultura baiana: Dorival Caymmi (“O que é que a baiana tem?”), Ary Barroso (“No tabuleiro da Baiana”) e Carmem Miranda (que popularizou no mundo todo o traje da baiana). O ofício das baianas de acarajé foi registrado, em 2005, como Patrimônio Cultural imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura (Iphan), registrado no Livro de Registro de Saberes. O acarajé também foi reconhecido como Patrimônio Cultural de Salvador pela Câmara Municipal.
“Para mim, é uma enorme honra ter meu nome ligado a este fato, que eventualmente alguns podem desconhecer a dimensão e importância, mas para nós da Bahia significa uma verdadeira afirmação nacional de uma das figuras mais caras de nossa cultura, que todo o baiano traz no coração e, com certeza, todo o turista que já foi a Bahia também leva em seu coração”, afirmou o autor do projeto, deputado Mário Negromonte. Agora, como o queijo mineiro e a festa do Bumba Meu Boi, são consideradas patrimônio cultural imaterial do Brasil, juntamente com um acerto de expressões, línguas, comidas, artes performáticas, rituais e festas que marcam a vivência coletiva, a religiosidade, e as manifestações literárias, musicais, plásticas e cênicas características do Brasil. No ano passado, as baianas foram homenageadas em Salvador, com um memorial. A finalidade do Memorial da Baiana de Acarajé é situar a tradição, a história e demais temas agregados ao ofício registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do Ministério da Cultura como Patrimônio Cultural do Brasil. Artigos relacionados:
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