Carinhosamente apelidada de “Princesinha do Atlântico”, pelos seus 23 quilômetros de litoral, Macaé tem uma área total de 1.216 quilômetros quadrados, correspondentes a 12,5% da área da Região Norte Fluminense. Descoberta ao acaso e sem importância econômica ou social, Macaé começou a ser povoada no século XVII a pedido do governador geral do Brasil para evitar os contrabandistas que cobiçavam o p
au-brasil. O início da colonização aconteceu com a chegada de 200 índios Tamoios na cidade. Aos poucos, atraídos pela beleza primitiva da paisagem dominada pelo fantástico pico do Frade e por imensas praias e lagoas, os forasteiros começaram a ocupar Macaé e a extrair as riquezas que a rica terra produzia: o pau-brasil, o gado e, futuramente, o petróleo – o ouro negro que substituiria o ouro branco da cana-de-açúcar, até então a maior riqueza de todo aquele pedaço do território fluminense. Até o fim do século XVII, Macaé não era nem vila e assim f**ava refém das autoridades convocadas por outra região, em Cabo Frio, para administrar a sua vida econômica e social. No século XIX, apesar de quase 200 anos de colonização, o município ainda não tinha se desenvolvido devido à falta de autonomia administrativa que foi concedida apenas em 29 de julho de 1813, quando o Príncipe Regente D. João VI elevou o povoado à categoria de Vila de São João de Macahé, mesmo sem ter sido freguesia anteriormente. Esta decisão contrariou as práticas administrativas coloniais e representou a conquista de um novo estatuto político: em 1814, foi estabelecida a Câmara Municipal, que assumiu a administração política da vila. Apenas 33 anos depois, em 15 de abril de 1846, a lei provincial nº 364 transforma a Vila São João de Macahé em cidade. Neste período, as principais fontes de economia da cidade de Macaé eram as lavouras de cana-de-açúcar, laranja, tomate, café, mandioca, banana, feijão, batata-doce, milho, arroz e abacaxi. A pecuária e a atividade pesqueira também foram bastante desenvolvidas e importantes para o município. No início da década de 1970, Macaé vive um novo momento econômico a partir da descoberta do petróleo na Bacia de Campos, plataforma continental brasileira. Esse fenômeno trouxe um grande impulso à economia local sendo foco de interesse da Petrobras que se instalou no município fazendo de Macaé uma das cidades que mais contribuem na geração de riquezas do Estado do Rio de Janeiro. Desta forma, Macaé se impulsiona internacionalmente e faz com que o Brasil consiga se tornar independente na questão do consumo de combustíveis e o coloca como um dos mais avançados na tecnologia de prospecção em águas profundas e a cidade se transforma na principal responsável pela extração de petróleo no país. A cidade passou por um boom industrial no setor petrolífero, principalmente a partir da quebra do monopólio do petróleo no segmento E&P pela lei 9.478, de 6 de agosto de 1997. Esta expansão culminou no crescimento demográfico da cidade fazendo a população chegar a 217.951 mil habitantes, segundo os dados do IBGE 2012. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita ultrapassa os R$ 50 mil. Por conta deste cenário, 10% da sua população são de estrangeiros, além de receber a cada dois anos a Feira Brasil Offshore, terceiro maior evento do setor no mundo. Apesar do nome “Bacia de Campos”, é em Macaé que se situam as instalações da Petrobras e as empresas do setor offshore, que até o ano de 2011, somavam em 276 indústrias. Da bacia são extraídos 80% do petróleo brasileiro e 47% da produção de gás natural do país, motivo este que levou a mídia e especialistas a conferir à Macaé o título de “Capital Nacional do Petróleo”. Nos últimos dez anos, Macaé cresceu economicamente 600% o que revela uma constante evolução da cidade. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em 2008, Macaé foi considerada a nona melhor cidade do Brasil para trabalhar e, segundo o Atlas do Mercado Brasileiro, foi avaliada como a cidade mais dinâmica do Estado do Rio de Janeiro e a segunda do país. Os critérios da pesquisa dos municípios compreendem investimentos sociais em saúde, educação, habitação, ciência e tecnologia e a capacidade de compra. DADOS DA CIDADE
Municípios da Região Norte Fluminense: Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra. Divisas: Carapebus, Conceição de Macabu, ao Norte; Rio das Ostras e Casimiro de Abreu, ao Sul; Trajano de Moraes e Nova Friburgo, a Oeste; e com o Oceano Atlântico, a Leste. Distritos: Sede, Cachoeiros de Macaé, Córrego do Ouro, Glicério, Frade e Sana. Gentílico: macaense
Distância da capital: 182 km
Acessos: Aeroporto, porto marítimo, BR-101, RJ-106 (Amaral Peixoto) e RJ-168 (Rodovia do Petróleo)
População: 217.951 habitantes (IBGE/2012)
Área: 1.216,846 km²
Altitude: 2 m
Litoral: 23 km
Bioma: Mata Atlântica
Clima: Tropical
Fuso Horário: Brasília (UTC-3)
Latitude: -22º22'33" Sul
Longitude: -41º46'30" Oeste
Temperatura média: 18ºC a 30ºC
PIB per capita: R$ 42.393,66 mil (IBGE 2006)
Renda mensal média: 7,9 salários mínimos (IBGE)
Frota: 83.288 veículos (até março de 2011)
Autônomos: 2.904
Prestadores de Serviços: 3.099
Comércio e Serviços: 2.572
Comércios: 3.761
Serviços: 3.872
Indústrias: 247
Arrecadação de ISS: R$ 478.032.618,08
Arrecadação de IPTU: R$ 29.830.674,89
Arrecadação de ITBI: R$ 19.128.389,97
Alíquota de ISSQN para construção civil de 1% (menor do estado)