27/01/2025
Nas águas profundas da selva encantada,
Onde o rio canta e a floresta é guardada,
O Rio Negro de alma sombria,
Carrega os segredos da noite fria.
Dizem os antigos, nas vozes do vento,
Que o Negro é filho de um espírito lento,
Com suas águas escuras e silentes,
Guardando mistérios e espíritos presentes.
De outro lado, com força e brilho,
Surge o Rio Solimões, o filho do brio,
Suas águas claras, de furor e coragem,
Desafiam a mata, cortando a paisagem.
Na mitologia dos rios que se cruzam,
Fala-se de um encontro que não se confunde,
O Solimões, com seu espírito guerreiro,
O Negro, calmo, mas forte e ligeiro.
Quando se encontram, não se misturam,
Como dois guerreiros que ainda lutam,
O Solimões, com sua força ardente,
E o Negro, com sua calma envolvente.
A lenda conta que, ao longo da estrada,
As águas se separam, a alma entrelaçada,
Mas o encontro, que dura e desafia,
É a dança da selva, de sabedoria.
A força do Solimões, da terra ancestral,
Desafia o Negro, profundo e ritual,
Mas ambos sabem, em seus corações,
Que no fim, são parte das mesmas canções.
O Encontro das Águas é um duelo sagrado,
Onde o tempo é eterno e o espaço é encantado,
E as águas, mesmo em contraste,
Carregam a alma que a floresta faz.
Assim, o Rio Negro e o Solimões,
Com sua dança de mitos e canções,
Ensinam que no coração da Amazônia,
A união nasce da luta e da harmonia.
Encontro das águas Rio Negro e Rio Solimões na Amazônia