31/03/2024
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O circo da W$L
O circo da W$L continua fiel aos seus interesses e continua nos proporcionando um espetáculo muito triste. Triste foi exatamente a palavra assertiva com que Gabriel Medina logo após ao termino de sua bateria em Bells, definiu o seu estado da alma e retratou de forma fiel o sentimento de milhões de surfistas e adeptos deste esporte. Bateria esta onde mais uma vez presenciamos um julgamento no mínimo duvidoso, o que não é novidade e aliás tem sido frequente e tônica comum no que diz respeito a julgamentos nos campeonatos promovidos por esta entidade, que claramente defende interesse financeiros em detrimento da verdade esportiva. No circo da W$L as manobras nos bastidores continuam valendo mais que as manobras na água.
Gabriel Medina, não é o único surfista a ser consecutivamente prejudicado, também não são só os brasileiros a sofrerem as consequências de julgamentos tendenciosos e claramente influenciados por orientações da cúpula da entidade. Mas sem dúvida nenhuma Gabriel é o surfista mais prejudicado na história do surf mundial. História esta que está completamente deturpada se formos analisar a mesma sobre a ótica de resultados. As gerações futuras que forem analisar os rankings e se analisarem somente os resultados nunca saberão a verdade e terão uma visão deturpada do mérito de muitas conquistas.
Poderia abordar este tema de forma mais detalhada, mas são tantas as polémicas sobre a matéria de julgamentos na W$L, que seria cansativo e desnecessário, até porque não se justif**a o injustificável e a justiça base fundamental para todo e qualquer julgamento tem sido sofrido frequentemente interferências que ao contrário das cometidas nas ondas pelos surfistas não são penalizadas mais sim orientadas em defesa do sistema.
Tentando refletir sobre o assunto sobre outra ótica e deixando a questão de mercados, retorno financeiro e disputa de marcas, falemos sobre a trajetória de Gabriel na W$L. Gabriel chegou no tour como um meteoro, trazendo um surf inovador , conquistando rapidamente resultados e acumulando conquistas. Em 2012 deveria ter colhido os frutos de seus resultados, não fosse ele sofrer a primeira grande injustiça da carreira, quando na final contra Julian Wilson no WCT de Portugal, lhe garfaram a vitória no último minuto, na última onda do campeonato. Esta falsa derrota não só lhe custou o título do evento como também lhe roubou o seu primeiro título mundial. Dando apenas mais um exemplo de tantas injustiças sofridas por este atleta, contra o mesmo oponente em 2014 na final em Pipeline a história se repetiu, desta vez com menor dano, já que só lhe roubaram o título do evento, mas para a alegria de muitos brasileiros e surfistas de alma de todo o mundo, apesar do sistema se sagrou campeão mundial, pondo fim a uma hegemonia duradoura de aussies e americanos. Claramente a partir deste memorável feito Gabriel passou a ser o homem a abater no circuito, mas como dentro da água ele se garante, foi preciso colocar toda a máquina em sua oposição, onde mídia e a quadrilha de juízes dos Alibaba e seus cifrões fizeram prevalecer as manobras ocultas sobre as manobras do surf. Recentemente em 2023 o mundo do surf, assistiu incredulamente ao “ Assalto no trem do Surf Ranch”, onde em condições similares de onda e tempo, ficou até mais evidente a dualidade de critérios no julgamento em favorecimento do excelente Etam Ewing, que perdeu no surf para Medina e posteriormente para Italo mas se sagrou vencedor da etapa.
Eu sinceramente espero que alguém no mundo do cinema realize um documentário onde todo o trajeto de Medina no tour seja esmiuçado, detalhando onda por onda de cada bateria polêmica e projetando o resultado real no rancking. Acredito que isso irá acontecer um dia afinal a maioria dos assaltos famosos, acaba dando origem a um filme. Gostaria muito de pode um dia assistir um sobre este tema.
O circo da W$L está armado só que a lona que deveria cobrir o mesmo é a lona que nossos atletas estão beijando, derrubados por golpes ilegais e julgamentos inaceitáveis. O sistema é bruto, mas o que o sustenta é o lucro. O circo está armado, mas a gente não se candidatou ao cargo de palhaço, há medidas que podemos tomar em defesa de nossos atletas e da verdade esportiva. Não é deixar de assistir o tour já que nossos atletas devem sentir o nosso apoio, mas sabemos que o que sustenta o lucro é a visibilidade dos patrocinadores e o nível de audiência, está no ar faz algum tempo uma transmissão alternativa, mas acontece somente em áudio, vamos torcer para que passe a ter também imagens e que apareçam outras transmissões isentas. Por agora descurtir ou fazer o unlike, sim porque tem muitos surfistas e adeptos de outras nacionalidades que estão tão tristes como Medina e todos nós. Voltando as sugestões, vamos descurtir todas as páginas da W$L, sejam elas do Facebook, Instagram ou Yotube. Deixar de fazer o Fantasy porque a gente quer é ver o resultado real em todos os julgamentos. Vamos enfiar a paulada na crista da onda lá onde doí mais ao sistema na audiência e no lucro consequente da mesma, vamos ver os números deles caírem como caiem as notas dos brasileiros!
Aos nossos atletas e competidores sugiro que busquem uma representação que seja imune as represálias e multas, algum surfista respeitado que seja o vosso porta voz na mídia e na entidade. Que todos passem a competir com uma faixa de protesto no braço, que seja branca a cor da esperança, porque guerras justas tem a justiça e paz como fim!
Sem querer entrar no mérito nem mesmo por em causa a grandeza e importância de Kelly Slater na história do surf, GOT é GOT e isso não se discute. Medina hoje deveria ter no mínimo cinco títulos mundiais e me atrevo a dizer que poderia ter seis, caso durante os anos consequentes a sua primeira conquista tivesse sido julgado com isenção e justiça.
Se existe algum surfista que poderia rivalizar com os aparentemente inigualáveis onze títulos mundiais, este surfista sem dúvida nenhuma só poderia ser Gabriel Medina, que na verdade esportiva estaria somente a cinco títulos de acontecer, ou seja mais de metade da tarefa já estaria atingida por mérito! O sistema não permitiu que existisse outro GOT, ou quem sabe pela justiça divina e a força da verdade Medina se nutra de uma vontade sobre-humana, alcance a mesma longevidade que Slater e possa diluir no corpo e na alma as cicatrizes de uma década de injustiças! Para Deus nada é impossível! Porque você merece Medina, você deveria ser GOT!
João Brasileiro Kitongo - 31/03/2024
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