25/12/2023
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O Energy Observer, primeiro navio movido a energias renováveis do mundo, está inaugurou seu porto de escala brasileiro em Fortaleza no dia 16 de Novembro 2023, na presença das autoridades locais e de seus parceiros, para a 83ª (octogésima terceira) parada em sua Odisseia ao redor do mundo. Ficou na cidade até 24 de novembro 2023, atracado no Marina Park Hotel.
Depois de navegar por 23 (vinte e três) dias a partir de Walvis Bay, na Namíbia (África), e percorrer 3.385 (três mil, trezentas e oitenta e cinco) milhas náuticas, equivalente a 6.269,02 (seis mil, duzentos e sessenta e nove quilômetros e vinte metros) o catamarã atracou em Fortaleza. A região é altamente favorável ao desenvolvimento da energia eólica, e o nordeste do país abriga os melhores recursos eólicos do país e 80% dos parques eólicos nacionais.
O setor energético brasileiro é um dos mais diversif**ados e menos intensivos em carbono do mundo, o que o torna um lugar perfeito para estudar e encontrar pessoas, além de ser uma fonte de inspiração para a equipe do Energy Observer.
A Qair, uma empresa independente de energia renovável e parceira oficial da Energy Observer, hospedou o navio durante essa escala com o apoio do governo do estado do Ceará, da cidade de Fortaleza e da empresa cearense CSI. A exposição “Qair Experience” foi realizada ao lado do Qair Bus e do navio-laboratório, com conteúdo imersivo sobre a Odisseia do Energy Observer, a transição energética e os oceanos. Na inauguração, o espaço foi alimentado pelo grupo gerador à hidrogênio da EODev e pelo hidrogênio de baixo carbono fornecido pela Air Liquide.
Instituições como a Embaixada da França no Brasil e o Consulado da França em Recife, bem como um grande número de escolas e universidades, estiveram se reunindo para conhecer o navio.
Emmanuel Lenain, Embaixador da França no Brasil, destacou a importância do evento no contexto da amizade franco-brasileira e sua ambição compartilhada pelo meio ambiente:
“Um verdadeiro laboratório para a transição ecológica, o Energy Observer demonstra toda a extensão do know-how francês em tecnologias limpas e inovadoras. Assim como o Energy Observer, a Embaixada da França no Brasil está ajudando a aumentar a conscientização sobre a proteção ambiental por meio de vários programas, incluindo o France Eco Lab e o Lab Jovens. Há também uma cooperação de longa data entre institutos de pesquisa brasileiros e franceses, como o Ifremer e o IRD, que leva a intercâmbios regulares e trabalhos conjuntos entre pesquisadores.
Com o Brasil sediando a COP30 em 2025 e a França na próxima Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, nossos 02 (dois) países estão afirmando suas ambições de proteger o meio ambiente. Essa questão é central para o relançamento da cooperação entre a França e o Brasil”.
Fonte: Embaixada da França (Élysée – Présidence de la République française).. Emmanuel Macron, Geraldo Alckmin, Saldanha Neto
https://www.energy-observer.org/
O Brasil caminhando.....
Comissão aprova proposta de marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono
A comissão especial da Câmara dos Deputados sobre transição energética aprovou 28 de Novembro de 2023, a proposta de marco legal de produção e uso do hidrogênio (PL 2308/23), considerado “o combustível do futuro” e estratégico nos esforços de redução das emissões de gases do aquecimento global.
O texto do relator, deputado Bacelar (PV-BA), trata de princípios, objetivos, taxonomia, governança, certif**ação e incentivos fiscais e financeiros. É prevista a criação da Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, que admite o desenvolvimento de todas as rotas de produção, sem a caracterização por cores (verde, azul, marrom, etc), considerada defasada. “A escolha deve ser feita pelo mercado, conforme amadurecem as diversas tecnologias envolvidas na produção do insumo. Os investidores devem avaliar quais as soluções mais competitivas para viabilizar essa produção”, argumenta Bacelar.
A governança do setor f**ará a cargo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). E como o setor é alvo de constante avanço tecnológico, Bacelar sugere a adoção do chamado “sandbox”, um mecanismo que possibilita a flexibilidade regulatória diante de novos arranjos produtivos. O relator ainda prevê a criação do Sistema Brasileiro de Certif**ação do Hidrogênio para promover a utilização do produto de forma sustentável, mas de adesão voluntária por parte dos produtores.
Fonte: Agência Câmara de Notícias (Câmara dos Deputados)
E na China..... China colocou em operação um navio movido a hidrogênio
Beijing, 23 de Março de 2023, a China colocou em operação seu primeiro navio movido a células de hidrogênio e assim deu um novo passo no desenvolvimento de tecnologias ambientalmente corretas para meios de transporte.
De acordo com o Global Times, a aeronave serve a cidade de Zhongshan, na província sul de Guangdong, e o inovador sistema fornece 500 quilowatts de potência para viajar a uma velocidade máxima de 28 quilômetros por hora.
É certif**ado oficialmente para operações e será incorporado no futuro às tarefas de transporte, patrulhamento e emergência nas Três Gargantas e nas represas de Gezhouba.
A Yangtze Power da China começou a construir o veleiro em maio passado e, além das células de hidrogênio, é apoiada por baterias de lítio e outros sistemas que reduzem o ruído e a poluição enquanto viaja.
A China planeja a curto prazo aumentar a frota de navios com esta tecnologia à medida que se aproxima de seu objetivo de uma economia sustentável e com baixo teor de carbono até meados do século.
E na Alemanha, olhando o Brasil, eis que os alemães ampliam chances do Brasil no hidrogênio verde.
País realizou leilões para importar versão do combustível, que precisa de fontes renováveis de energia para ser produzido. Nordeste reúne condições ideais.
Novidade no universo das energias renováveis que não sai da boca de políticos, ambientalistas e executivos, o hidrogênio verde (H2V) amplia perspectivas no mundo e deixa o Brasil em posição de liderar esse futuro mercado, apontam especialistas. A nova tecnologia, capaz de viabilizar a exportação de energia sustentável, demanda fontes renováveis como eólica e solar, que não faltam no Brasil.
Duramente afetada pela crise energética provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, a Alemanha deu a largada e realizou, em fevereiro, o primeiro leilão global para importar hidrogênio verde, com contratos de dez anos e entrega a partir de 2024. Segundo o Ministério Federal de Assuntos Econômicos e Ação Climática alemão, serão investidos € 900 milhões (R$ 5,1 bilhões) só nesta primeira rodada. Novos leilões serão realizados este ano, com entregas até 2036 e investimento de € 3,5 bilhões (R$ 19,9 bilhões).
— Há um alvoroço no mundo com essa decisão da Alemanha de importar hidrogênio verde. É uma novidade que abre oportunidade de negócio única, e o Brasil é candidato natural a produzir o H2V — diz Ennio Peres da Silva, coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Unicamp.
Mirian Gonçalves. André Kuba, Leonardo Trombeta, Márcia Lia ...