PaqueTrip turismo em Paquetá

22/10/2023

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́stico

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28/06/2022

“ ‘PONTE' DAS BARCAS — Era a estação de atracação das velhas barcas de passageiros. Não existe* mais. Foi demolida para reconstrução ainda* em projeto e substituída por uma estação provisória*.”

Fonte: “PAQUETÁ – Imagens de ontem e de hoje", Vivaldo Coaracy, Livraria José Olympio Editôra, Rio de Janeiro–1964*

Imagem: desenho de Luís Jardim

28/06/2022

“A VELHA BARCA — Até época recente* eram as barcas da Companhia Cantareira, das quais muita gente sente saudades, o meio de transporte de passageiros e carga entre a Ilha e a cidade. Foram substituídas por lanchas mais rápidas, mas menos confortáveis.”

Fonte: “PAQUETÁ – Imagens de ontem e de hoje", Vivaldo Coaracy, Livraria José Olympio Editôra, Rio de Janeiro–1964*

Imagem: desenho de Luís Jardim

28/06/2022

"FALUA — Era o meio de transporte de que, primitivamente, se serviam os moradores de . Embarcações deste tipo são hoje* utilizadas para o carreto de gêneros entre as localidades da costa fluminense e a Ilha."

Fonte: “PAQUETÁ – Imagens de ontem e de hoje", Vivaldo Coaracy, Livraria José Olympio Editôra, Rio de Janeiro–1964*

Imagem: desenho de Luís Jardim

17/06/2022

Aspectos geográficos da ilha de .
🏝⛴🚵
(...)“Ao fundo da Guanabara, para noroeste, emerge das águas reduzido arquipélago formado por dois grupos distintos de ilhas e Ilhotas.(...) entre um grupo e outro, situam-se recifes das Tapuamas.

De todas as ilhas, Paquetá é a principal, mais extensa e povoada, com núcleo estável de habitantes, constituindo distrito residencial com características próprias.(...)

Paquetá é de forma irregular, composta de duas seções distintas e relativamente largas unidas por estreito istmo, o que lhe dá mais ou menos a configuração de uma ampulheta ou do algarismo 8.(...)

Em sua maior extensão, aproximadamente seguindo a linha Norte-Sul, Paquetá não chega a ter 3 Km. Na parte mais estreita, a chamada ‘cintura' (Ladeira do Vicente), terá cerca de 100 m de largura. O litoral muito sinuoso limita a ilha a uma superfície total de 101 há, isto é, apenas um quilômetro quadrado.

A topografia é moderadamente acidentada, contando-se vários morros, o mais alto dos quais, o de Santo Antônio, tem 60 m de altura. A esses diversos montes, a população dá nomes que têm variado com o tempo e dos quais alguns já foram esquecidos.(...)

Em Paquetá não há nascentes ou fontes naturais e, portanto, muito menos córregos ou riachos de qualquer espécie. Existe, porém, no subsolo extenso lençol de água que, embora seja muitas vezes salobre, já foi no passado aproveitada por meio de poços e ‘minas',(...)

Paquetá é famosa pelo colar de praiais amenas e pitorescas que a circundam, limitando-lhe as margens. Enquadram-se dentro dos numerosos e variados encantos da Ilha.(...)

(...)Distingue a morfologia destas ilhas a formação granítica, em contraste com o predomínio do gnaisse no Rio de Janeiro e na Ilha do Governador. É também característica a abundância de rochedos esferóides dispostos em cinta fragmentada em torno de toda a periferia da Ilha.(...)

(...),registra-se que as coordenadas de Paquetá são: long. 43° 10° W, Gr., lat. 22° 54’ S. e que a Ilha dista da Praça XV, do Rio, 10 milhas marítimas, ou sejam 18 Km. (...)"

Fonte: “PAQUETÁ – Imagens de ontem e de hoje", Vivaldo Coaracy, Livraria José Olympio, RJ–1964

12/06/2022

O Nome da Ilha –

“Em O Tupi na Geografia Nacional, afirma Teodoro Sampaio que Paquetá significa 'muitas pacas'. Tão grande é a reconhecida autoridade do realizado tupinólogo, que essa etimologia tem sido geralmente aceita e, sem maior discussão, repetida. É, entretanto, duvidosa. Pode-se admitir que Teodoro Sampaio a houvesse proposto em momento de desatenção e sem refletido exame.

Observe-se que na corografia nacional o nome Paquetá não designa apenas a sedutora ilha da Guanabara. Conhecido arrebalde de Santos, no Estado de São Paulo, tem a mesma denominação. E há notícia de que na Amazônia também existe lugarejo assim chamado. É possível que para esses dois homônimos se justifique a interpretação sugerida por Teodoro Sampaio: muitas pacas. Em relação à Ilha, porém, é inadmissível.

Paca é bicho que, como sabem os caçadores, vive na imediata proximidade de águas correntes. Nem há memória de que jamais tivesse sido vista paca na Ilha onde nunca existiram riachos ou fontes naturais. O único mamífero encontrado em Paquetá em estado silvestre é o vulgaríssimo gambá que se desaltera com a água das chuvas retida no verticilo dos gravatás ou em poças efêmeras.

Mais plausível e aceitável é o significado de ‘lugar das conchas', ou ‘muitas conchas', aventurado por outros estudiosos dos idiomas indígenas. Considere-se ter sido justamente a abundância de restos de mariscos e semelhantes nas praias da Ilha que incentivou a fundação das numerosas caieiras aqui estabelecidas e exploradas até quase aos nossos dias como principal indústria local.

Outras interpretações têm sido propostas para o topônimo, mais ou menos discutíveis. Registre-se, entre elas, a título de curiosidade, a de José Geraldo Bezerra de Menezes dando a Paquetá o significado de ‘pedras caídas do céu'. Isto mais parece fantasia poética do que realidade linguística.

A verdade é que não se pode afirmar com segurança e certeza o que, na linguagem dos ameríndios, significava o nome Paquetá. Só é incontestável a origem. Como em tantos outros casos, os colonizadores adotaram a denominação dada pelos silvícolas.

Nos documentos antigos, o nome da Ilha aparece grafado por duas formas: ‘Pacoatá' e ‘Paquatá'. Esta última é invariavelmente empregada por Monsenhor Pizaro.

Em um mapa português de fins do século 16, representação ainda muito imperfeita da baía do Rio de Janeiro, a Ilha aparece com a designação de ‘Ilha das Canas'. Seria denominação transitória, pois a ela não se encontra qualquer outra referência. Talvez mera fantasia do cartógrafo. Na carta francesa da mesma época de Vaulx de Claye, chamada ‘Vray pourtraict de Geneure' estão indicada Paquetá e as ilhas próximas, sem nome, porém. Apenas com a anotação de que nessas paragens é abundante o pescado: y a fort poisson.”...

Fonte: “PAQUETÁ – Imagens de ontem e de hoje", Vivaldo Coaracy, Livraria José Olympio Editôra, Rio de Janeiro–1964

Imagem: mapa da Ilha de Paquetá (toque na foto e veja por inteira).