07/11/2021
“O gongo soa três vezes.
‘Alô, Alô, Brasil❗
Está no ar a Rádio Nacional do Rio de Janeiro’.
Se os diários Associados de Assis Chateubriand organizaram a primeira rede nacional de comunicações, a nível regional foram antecedidos pelos jornais do Rio de Janeiro. Já em 1935, o Jornal do Brasil constituía também emissora de rádio, com uma programação muito erudita por sinal. Mais tarde, o jornal O Globo assumiria o controle da Rádio Transmissora do Rio de Janeiro, mantendo contrato com a RCA Victor, antiga proprietária. Entretanto, o feito maior coube ao grupo do jornal A Noite (responsável também pelas revistas Noite Ilustrada, Carioca e Vamos Ler), que, em 1936, criou aquela destinada a se tornar a maior lenda do rádio brasileiro: a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.
A inauguração da Nacional não teve o mesmo caráter de grande solenidade que a da Tupy. Apenas, às 21 horas do dia 12 de setembro de 1936, um gongo tocou três vezes, e, a seguir, a voz de Celso Guimarães anunciava: ‘Alô, Alô, Brasil! Está no ar a Rádio Nacional do Rio de Janeiro'. Com um potente transmissor (22 quilowatts), recursos técnicos e financeiros, bom elenco e cobertura da imprensa escrita, a Nacional logo começou a se destacar. No final da década, liderava a audiência, embora com estreita margem para a Mayrink Veiga (a Rádio Club do Rio também tinha seus horários de liderança e a Educadora possuía audiência boa e constante).
Então, em 1940, o Governo resolveu que a Rádio Nacional ‘tinha que ser um instrumento de afirmação do regime'. E Getúlio Vargas decretou a encampação da empresa A Noite, à qual pertencia a emissora.
Se a encampação liquidou com a imprensa escrita da empresa, para a emissora resultou muito benéfica. Os salários cresceram, atraindo o que de melhor havia no meio artístico: cantores, locutores, programadores e atores de rádio. Já em 1942 ia para o ar a primeira radionovela: Em Busca da Felicidade. Com a encampação, Gilberto de Andrade substituiu Caubi Araújo na direção da rádio. Com o fim do Estado Novo, a experiência da emissora oficial mostrou-se, em termos de programação e público, absolutamente vitoriosa. Uma pesquisa do fim da década de 1930 indicava os cantores prediletos do público: Orlando Silva, Francisco Alves, Sílvio Caldas, Emilinha Borba, Vicente Celestino e Carlos Galhardo, todos contratados exclusivos da Nacional. Novelas, humorismo (‘Piadas do Manduca', ‘PRK 30’, ‘Tancredo e Trancado'), musicais, variedades, espetáculos de calouros, e até sertanejos (‘Alma do Sertão'), os programas da emissora sempre lideravam a audiência.”
Fonte: “Enciclopédia Nosso Século (XX)” 1930/45, A Era de Vargas — Abril Cultural , 1980/85.
Saiba mais:
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Bio:
Visitourio turismo
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“Temos que escolher um único sotaque. E estes bacharéis de São Paulo tem a dicção mais adequada."
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Imagens:
• A Rádio Nacional ocupava o 22° andar do prédio de A Noite;
• A cantora Rose Lee, (Carioca,31/12/1938);
• Roxane cantando em francês, 1936;
• Marília Batista;
• Orlando Silva. (Carioca, 19/9/1936);
• O cantor Nuno Roland. (Carioca, 19/9/1936) e
• Pereira Filho e Bob Lazy. (cantando um FOX-TROT), 1936.