15/02/2013
O Rio de Janeiro entrou na moda. A promessa bilionária do pré-sal, a escolha como sede das Olimpíadas de 2016 e até mesmo o sucesso da animação “Rio”, que liderou as bilheterias de cinema no início deste ano, fizeram da cidade a vitrine do país em um momento em que o Brasil ganha espaço e respeito no cenário mundial.
O resultado? O Rio se tornou destino de turistas e empresários do mundo inteiro. E é só o começo. Segundo dados apresentados nesta semana pelo Ministério do Turismo, no ano passado o número de visitantes estrangeiros que passaram pela cidade aumentou 8% em relação a 2009. E este número será triplicado em 2014 - e quadruplicado em 2016: a consultoria PricewaterhouseCoopers estima que serão 3,2 milhões visitantes no ano da Copa e 4 milhões no ano das Olimpíadas.
Os empresários cariocas já sentem mudanças no perfil dos clientes e dos negócios. É o caso de Mauro e Maurício Votre, irmãos e donos da agência de ecoturismo DNAventura, localizada em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. “O número de estrangeiros que atendemos está crescendo. Antes nossos clientes eram, principalmente, moradores da cidade em busca de algum passeio”, conta Maurício.
O novo público, disposto a pagar mais, está influenciando mudanças na empresa: os roteiros foram incrementados – e tiveram um aumento de preço – e o site da DNA terá, em breve, uma versão inteira em inglês. Além disso, o logotipo foi reformulado e ganhou ilustrações do mapa do Brasil e do Cristo Redentor. “O Rio está em voga e queríamos algo que valorizasse o fato de sermos uma agência daqui”, explica Maurício.
Mas a febre carioca também traz problemas. Alguns destinos oferecidos nos roteiros da DNA começam a encher, como o Pico da Tijuca e a Pedra da Gávea. “Antes eram mais reservados. Hoje f**am lotados em qualquer fim de semana de sol”, aponta Maurício. O aumento da demanda também está puxando os preços e custos para cima. No último ano, o aluguel de um micro-ônibus e o salário dos guias f**aram 15% mais caro. Isso obrigou os sócios a aumentar os preços: há dois anos a DNA vendia passeios por R$ 100 – hoje custam R$ 200. “A principal reclamação dos turistas estrangeiros é o preço. Eles dizem que é o Rio é uma cidade muito cara”, diz Maurício. De qualquer forma, os encantos ainda rendem. “Quem vem de fora f**a sempre extasiado com a beleza natural da cidade”.
E você, como está preparando sua empresa para aproveitar a onda de turistas estrangeiros que vem ao Brasil durante a Copa e as Olimpíadas?