12/01/2016
A Expedição Patagônia Chega ao Fim
É difícil escrever aqui todos os detalhes que passamos nesses 23 dias longe de casa num total de 12.000 quilômetros percorridos numa moto. Podemos dizer que vivemos momentos únicos, incríveis, inesquecíveis e maravilhosos, como também vivemos momentos e situações que testaram os limites de um ser humano, como o estresse, a calma, o medo, a paciência ou a fúria. Fomos desafiados e vencemos!
Passamos por muito frio, calor intenso, horas e horas na estrada sem conforto desde o nascer do sol até o anoitecer. Chuva... mas muita chuva! Estradas longas que vão longe... muito longe... desertos, tempo seco, bichos nas estradas, acidentes, manifestações, fome, sede...
Sim! Quem deseja aventurar-se pelo mundo a fora fazendo uma viagem como a nossa saiba que não é NADA fácil.
Mas como já sabíamos disso tudo e aceitamos esse novo desafio, podemos dizer que VALEU MUITO A PENA!
Cada minuto, cada segundo... TUDO o que vivemos foi único!
Encontramos em nosso segundo dia um senhor que mal conseguia caminhar... aparentava ter uns 80 anos de idade... ele olhou as motos de longe, olhou para nós e nos disse: “ Eu não tive a oportunidade de fazer o que vocês estão fazendo... isso é a melhor coisa da vida!”. Se nós encontrássemos com ele nesse momento, poderíamos responder: “Sim, o senhor estava certo!”.
Viajar pelas estradas de mochilão, de carro ou de moto é uma experiência inesquecível. F**a difícil mensurar o tanto de amigos que fizemos, de pessoas desconhecidas que queriam nos ajudar ou que muitas vezes nos trataram como alguém da família. Pessoas que não falavam o mesmo idioma, mas que tentavam e se esforçavam para nos entender ou vice-versa.
Sem contar a riqueza em cada paisagem que conhecemos e deslumbramos, em cada curva nas estradas ou nas cidades que passamos. Foi um espetáculo que aplaudimos de pé! E as fotos vão refletir um pouco disso conforme postarmos em nossa página.
Ao final, aprendemos que viagens assim exigem maior desprendimento intelectual, intensidade física, sujeição a desconfortos, envolvimento com a natureza, gastronomia, costumes, cultura e imersão em comunidades remotas. E isso tudo é o que faz valer a pena e que nos faz concluir COMO É BOM VIVER A VIDA.