26/11/2024
Mar azul, piñas coladas e praias branquinhas, o que vem à sua mente quando falamos de Caribe? Sim, mas também pode ser muito mais que isso!
Curaçao nos mostrou que existe, sim, autenticidade, cultura e engajamento social além de todos os requisitos acima. Colonizada pelos holandeses, Curaçao mistura mais de 50 etnias. A maioria dos 170 mil habitantes descende de africanos e europeus, o que nos mostra e ensina que é possível conviver pacif**amente com tantas diferenças.
De cara, você vai ouvir “bom bini”: bem-vindo em papiamento, uma das quatro línguas da ilha. Mas os habitantes também falam holandês, espanhol e inglês, que aprendem na escola. A língua predominante, no entanto, é o papiamento - uma mistura de holandês, espanhol, português e influências dos dialetos africanos e da língua dos nativos arawak.
Para os brasileiros, f**a até fácil, já que muitas palavras são próximas do português.
Papiamento vem de “papear”. Diz a lenda que a língua foi criada pelos escravos negros, que não queriam que o colonizador europeu entendesse o que estavam falando.
E foi papeando muito com a incrível Jaque da que conhecemos sua gente, sua história, cultura e suas casas coloridas em OtroBanda, bairro reduto de artistas, efervescente culturalmente, com as pessoas coabitando pacif**amente. Visitamos também o Museu Kura Hulanda, que abriga exposições sobre arte e cultura africanas e o comércio de escravos outrora praticado na região. Um tema recorrente e sempre lembrado para que não seja esquecido.
E foi assim, ao som de “Redemption Song” e muita ginga, que conhecemos o lado B de Curaçao, o que torna a ilha ainda mais interessante. E sim, a cultura pode e deve estar presente mesmo na paisagem azul de areias branquinhas e casinhas coloridas.
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