31/10/2022
Uma das importantes batalhas da nossa História. Quem sofreu pela Pátria é por ela deu tudo. Pelo povo português e aquilo que somo hoje.
♔ | 30 de Outubro de 1340 - 🫅🏻⚔️👳🏾♂️ Batalha do Salado
Há 682 anos, em 30 de Outubro de 1340, travou-se um dos mais importantes episódios da Reconquista Cristã: a Batalha do Salado entre os exércitos dos Reis cristãos (Rei Afonso XI de Castela e o Rei D. Afonso IV de Portugal) da Península Ibérica e a coligação negativa dos muçulmanos do Império Merínida e do Reino nazarí de Granada, que os primeiros venceram.
Em 1339, o Sultão almorávida de Granada invade Gibraltar e assola os territórios cristãos do sul da Península Ibérica. Já em 1340, Abul-Hassan, Rei de Fez e Marrocos atravessa o estreito de Gibraltar com uma frota de 100 navios e entra triunfante no Reino de Leão e Castela, já que a frota Castelhana comandada pelo Prior da Ordem de S. João do Hospital havia sido destruída numa tempestade.
Então, perante esta ameaça muçulmana, D. Afonso XI de Castela pediu ajuda ao sogro, D. Afonso IV, por intermédio da sua esposa D. Maria para aliados enfrentarem a horda berbere que abatia a cimitarra sobre a Península cristã. Os dois reis cristãos, mesmo que arquirrivais, aliaram-se perante a ameaça, pois Afonso XI de Castela pediu ajuda por carta, e o monarca português enviou-lhe imediatamente uma frota comandada pelo almirante genovês Manuel Pessanha que se juntou a doze galés enviadas pelo rei de Aragão, em auxílio. Mas era enorme a desproporção entre cristãos e as hordas mouras, e, em Setembro de 1340, Yusef-Abul-Hagiag, Rei de Granada junta-se, em Algeciras ao exército de Abul-Hassan. A horda muçulmana era enorme e assustadora, e avançou sobre Tarifa.
D. Afonso IV saiu, então, de Elvas com o maior número de Cavaleiros e peões que conseguiu reunir, em auxílio do genro, entregando o comando das suas tropas, ao alferes-mor Gonçalo Esteves Carvoeiro. Chegado a Sevilha, os dois Reis cristãos planearam a estratégia para a batalha. Avançam, então, em direcção a Tarifa, onde a 29 de Outubro de 1340, deparam com um descomunal exército mouro, na proporção de 7 para 1 para a coligação cristã.
A Batalha do Salado trava-se na alvorada do dia seguinte, nas margens do riacho do mesmo nome, na província de Cádis.
A cavalaria castelhana atravessa o Salado e principia o combate. A cavalaria muçulmana avança, mas não consegue deter o ataque. Quase imediatamente avançou Afonso XI, com o grosso das suas tropas, defrontando corpo-a-corpo os mouros. Então, a guarnição da praça de Tarifa, cai sobre a retaguarda moura, assolando o arraial de Abul-Hassan. No sector onde pelejaram os portugueses, os mouros de Granada sob o comando de Yusef-Abul-Hagiag, pareciam loucos a investir, mas D. Afonso IV, comandando os seus audazes cavaleiros, rompe a muralha humana inimiga que f**a desnorteada. Perante a intrepidez do “Bravo” D. Afonso IV de Portugal, que com a sua cavalaria e infanções varavam a moura força, o pânico começa a invadir os mouros granadinos, que acabam por fugir em debandada, e, ao verem isto, os merínidas f**am petrif**ados e, também, começam a fugir para salvar a vida.
Assim, ilustrado pelas armas se escreveu com Glória o nome de D. Afonso IV o ‘Bravo’ Rei de Portugal num dos mais importantes episódios da Reconquista Cristã.
Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica
Imagem: Óleo "Batalha do Salado" de Mestre Carlos Alberto Santos