04/07/2024
10 anos de Duarte Company, 10 000 anos de nós!
São dez anos a criar programas de animação turística e lúdico didáticos. Este programas são uma viagem à condição humana num território de clima incerto, verões seco e tórridos, solos quase sempre pobres. A melhor amostra são as intensamente romanizadas Terras de Sicó por onde me descobri e a parte dos meus antepassados numa ANSIÃO, CORAÇÃO DE SICÓ, e um grande amigo, como tantos que fiz, o António João, um abraço a todos. Do quase sempre ocre, bosque mediterrâneo tipo Garrige, nasce a cabra, de onde se aproveita tudo huuuuummmm, os negalhos uma paixão. A Rota da Chanfana, nasce da guerra, talvez da fé, também quem sabe do pecado se aprimorou este prato no Mosteiro de Santa Maria de Semide, tão magnif**amente apresentado pelo Luís, e a chanfana à mais 50 anos apurada no Ferrador da Pedreira pela mão da dona Violete e do Zé. Os cornos decoram as adegas das gentes de Lamas, jorra vinho e estórias de vidas com história dentro, ás vezes ao ziguezague, o meu amigo Mário Joaquim é um destrava línguas e num instantinho estamos em áfrica em plena guerra colonial. A arte é companheira de viagem e dá alento nas lágrimas: Terra de arte maior é Almalaguês, da imaginação da Cristina Fachada saem o ordir do fio de linho que no tear concretiza-se em belos padrões, mais modernos ou ancestrais padrões. Com esta ainda mais de uma centena de tecedeiras de Almalguês, que representam a arte árabe e milenar de tecer, que os artesãos são bem mais progressistas que o senso comum tem como preconceito. Almalguês é também o pintor Victor Costa e artista plástico que à décadas retrata esta gente e seus labores matizando-os com seus trabalhos mais abstratos. Entre uma jeropiga e um tinto na Adega, do Mário Jorge ou do António Rato. A arte sempre a arte, deu alento aos dias mais tristes, por vezes mais frugal nas mãos do mestre Carlos Dias do Gondramaz, mais erudita na mãos do último dos mestres da cerâmica de Coimbra Carlos Tomás ou na voz do António Dinis na nossa canção de Coimbra, ancestral dos pulmões do gaiteiro António Freire, ou visceral como o grupo de cantares Voz do Mar. Fui mar a dentro, tantas vezes perígoso, quase sempre pobre, efémeramente rico. Abordo das companhas Voz do Mar e do Mocidade da Costa, arribamos na Praia Pedagógica com a Casa dos Pescadores e partimos para a viagem das viagens A Rota da Arte Xávega na arte de construir barcos e pescar dos taratésios com Mestre Caiano e a arraís o Zé Cravo e neles mando um grande abraço a todos os que já não estão entre nós. A nossa arte engenho para o gingarelho nasce do olhar e fazer árabe tão mediterrânico que foi preciso adaptar ao atlântico o Zé Vieira da Praia de mira é um mestre do gingarelho mas também da precisão que é preciso ter no lance do barco ao mar no que a Arte Xávega. Saltamos para o Dorís do João Facão, nele vivemos, a vida no seu pior no limite da condição humana, na fuga à morte relatada nas adegas de Lamas pelo Mário Joaquim. A Guerra tantas vezes Guerra com o Rui Miranda na Recriação do combate do Casal Novo em Condeixa no Circuito da Invasões Francesas. Esta caminhada de 10 anos foi o sal de muitos dias na vida de mais de 25000 pessoas, o Zé Reis temperou o arroz de míscaros com Sal do Zé João e da Gilda e com eles temos levado as vidas, emoções e sensações do salgado de Lavos. Com a Constança, o Nuno, o Diogo a Júlia e Ana Francisco fizemos da história “gato e sapato” em deliciosas visitas encenadas desde o Dom Afonso Henriques, Mestre Vandelli até à Bell Epóque.
Esta está ser uma bela caminhada de vida e vivências no património entre a Estrela e o Atlântico, foram centenas os que colaboraram pontualmente foram companhia do Duarte, para todos um abraço forte e sentido. A Duarte Company vai continuar a criar dias felizes na Portugalidade seja touring ou caminhada e um abraço também para todos os que já trouxeram os seus clientes a viajar por cá, um abraço para o Bruno Vilas Boas, Alexandra Abelho ou João Diogo entre tantos outros.
Em setembro, vamos continuar a calcorrear os campos de arroz com o grupo Maiorca em Caminhadas, pela nossa saúde, alegria e pelo património continuem a caminhar connosco.
* Fico triste porque muita gente f**a por referir neste texto, deixo um abraço para os mestres: Ricardo e Carlos, da Costa de Lavos, que arte xávega continue a ir ao mar durante muitos e longos anos, e neles um abraço para todos os que f**aram por referir neste texto.
10 anos de Duarte Company, 10 000 anos de nós!
CAMINHADAS COM PATRIMÓNIO
ROTA DA CHANFANA
ROTA ARTE XÁVEGA
FIGUEIRA NA BELL EPÓQUE
TERRAS DE ALMALAGUÊS
FADISTANDO POR COIMBRA
ALDEIAS DO XISTO