Em 1998 a empresa Flores Fontelhinhas, actual Protea iberica, inicia a sua actividade de produção e comercialização de flores de corte no sudoeste alentejano de Portugal, entre a Zambujeira do mar e São Teotónio no concelho de Odemira. Nascia assim uma nova exploração inovadora quanto à variedade de flores a produzir ainda muito pouco divulgadas no nosso país sobretudo no continente, as Proteas (P
roteaceae) e com uma capacidade de produção de cerca de 20 hectares, área de produção que se alargou a cerca de 30 hectares em 2008 com a aquisição de cerca de 10ha (arneirinhos) após 10 anos de crescimento. Proteaceae (Proteas) é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor), pertencente à ordem Proteales, são flores do Hemisfério Sul originárias de África do Sul, Austrália e Nova Zelândia, países onde há muito tempo têm sido colhidas na natureza, porém com qualidade irregular. No entanto empresas comerciais tornaram-nas mais populares, dando-as a conhecer ao mercado. Uma grande desvantagem das Proteas é serem plantas de inverno e como tal nos países originários a sua floração ocorre entre Março e Setembro, época de pouca procura de flores na Europa, principal mercado de venda de flores. Contrariando este facto, a Protea Ibérica situa-se no hemisfério Norte em que a estação de colheita ocorre exactamente na melhor altura do ano em termos de oportunidade de vendas. Naturalmente só algumas regiões da Europa têm condições edafoclimáticas ideais para a produção deste tipo de flores, ainda assim com necessidades de irrigação e fertilização bem como outros trabalhos de manutenção adequadas ao seu desenvolvimento. Uma Proteaceae inicia a sua produção de flores a partir do primeiro ano no caso do género leucadendros e do segundo ano no caso do género protea, sendo rentável a sua colheita entre o terceiro e o oitavo ano. Dos 30 ha com aproveitamento agrícola a Protea Ibérica tem actualmente 13 hectares em plena produção com uma colheita anual de cerca de um 1.100.000 flores, 5 ha estão em crescimento (menos de três anos), 7 ha em repouso. Na primavera de 2012 sentimos necessidade de iniciar a renovação de algumas plantações dos originais e velhos sectores que já há muito tinham ultrapassado a sua vida útil deixando por isso de ser rentáveis, como tal procedemos à plantação de 3,5ha de variedades como o Safari, Goldstrike, Pink Ice, Lancelote e Cynaroides (king). O início de 2013 arranca com projecção de renovação, mais 3 sectores serão substituídos ainda esta Primavera com uma área total de 1,5 há com variedades como king, Sussaras e Lancelot. A colheita de proteas é manual com tesouras de corte, do campo as flores vão imediatamente para o armazém onde são processadas com máquinas por nós adaptadas para o efeito, onde são retiradas folhas, calibrado o tamanho e corte, encaixadas e armazenadas em câmaras frigorificas a 2ºC até serem expedidas.
È desta forma que a excelência da qualidade e durabilidade das nossas flores é garantida, pois o seu adequado processamento, a rapidez e condições de entrega no principal mercado consumidor assim o permite. Todo o transporte é feito em camiões refrigerados e algumas variedades de flores chegam mesmo a ser transportadas em água, o que representa uma grande vantagem tornando-nos mais competitivos em relação aos produtores do hemisfério sul, que devido à sua localização geográfica são penalizados fazendo as suas entregas por via aérea (mais caro) ou em contentores por transporte marítimo (mais demorado).