Nos finais do século XIX, vivia na Vila de Torres Vedras uma ilustre senhora, D. Joaquina Rodrigues, que possuía uma receita de uns deliciosos pastéis, feitos com requintes de mestria, com que brindava os seus familiares e amigos. Maria aprendeu muito bem a lição e passou a fabricar os pastelinhos por encomenda, sendo ela a primeira pessoa a comercializá-los. No entanto, a receita também foi divul
gada entre os familiares de D. Joaquina e, assim, uma parente de nome Maria Adelaide Rodrigues da Silva, na intimidade conhecida por Mazinha, também aprendeu a arte de fabricar os pastéis de feijão. A gentil Mazinha, como era conhecida por todos, casou entretanto com o Sr. Álvaro de Fontes Simões, alcunhado de Pantaleão, que decidiu explorar comercialmente os doces, que alcançaram um estrondoso sucesso que se estendeu para muito além da região de Torres Vedras. Posteriormente, começaram as pastelarias da terra a dar fabrico próprio aos famosos pastéis, segundo receitas da sua autoria, mas sempre com a amêndoa e o feijão por base. Vigília, criou uma nova fábrica, que baptizou de “Brasão”, o seu apelido matrimonial. Em meados do século, o pastel de feijão tinha-se assumido universalmente como o doce de Torres Vedras. Tendo cessado a laboração em 1960, a marca seria adquirida nos anos 90 pela Marques & Lourenço – Doçaria, Lda. com o rótulo de “Brasão”, e desde então, os deliciosos pastéis são confecionados no Bonabal. O Pastel de Feijão de Torres Vedras está, neste momento em processo de certificação. Esta informação pode ser consultada na sua integra na página da Câmara Municipal de Torres Vedras. http://www.cm-tvedras.pt/visitar/turismo/pasteis-feijao/